Operando de forma emergencial há quase exatos dois anos, a Umuarama está perto de assumir definitivamente de transporte público em Lafaiete após uma crise no setor sem precedentes quando a cidade ficou sem o serviço, abastecido por vans, por mais de 4 meses no primeiro semestre de 2021.
No dia 5 aconteceu a abertura da licitação quando apenas a Umuarama se apresentou e, após prazo de recursos, o certame entra na fase de habilitação e abertura da proposta. Conforme a expectativa, o resultado final da vencedora deve ocorrer até o final desse mês..
Em seguida, acontece a assinatura e homologação do contrato e início da operação por 15 anos, renováveis por igual período. “Esperamos em breve retomar com qualidade do transporte público. Digo que passei muitas noites sem dormir quando nossa cidade ficou sem transporte. Foram tempos duros e a situação chegou ao fundo do poço. Pedimos um voto de confiança da população”, assinalou o Secretário de Defesa Civil, Rolf Ferraz, pasta que abriga o departamento de trânsito e responsável pelo gerenciamento do transporte público, durante reunião mensal da Federação das Associações de Bairros (Famocol) realizada na noite de ontem (17), Solar Barão de Suassuy.
A concorrência é pelo menor preço oferecido no patamar estipulado de R$5,57. Hoje a tarifa gira em R$4,10. Atualmente para manter o sistema, a prefeitura subsidia o transporte público com o repasse a Umuarama em mais de R$ 300 mil/mês. O edital da nova licitação já prevê um aumento do valor que vai superar mais de R$420 mil ao mês.
Reclamações
Lideranças comunitária presentes reclamaram da supressão de linhas e pouco oferta de ônibus em diversos bairros. A principal reivindicação é a ampliação do sistema para atender a população. “Aos domingos os nossos moradores são obrigados a ficar por falta de ônibus”, queixou José Silvestre, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro Paulo VI. “São mais de 5 bairros que ficam desassistidos”, completou.
Josué da Silva, Gerente da Umuarama, ao justificar a readequação das linhas, recorreu aos sucessivos déficits de operação em Lafaiete. Ele disse que ampliação do sistema depende do novo contrato, o que permitirá ofertar um serviço de mais qualidade aos usuários.
Ao ser questionado sobre a acessibilidade, segurança e conforto dos pontos de ônibus, Josué informou que a manutenção no contrato atual é de responsabilidade da prefeitura. “A manutenção destes abrigas depende de uma nova licitação o que deve ocorrer após a concessão definitiva do transporte”.