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Profetas de Aleijadinho: inicia a aplicação de biocidas salvar os 12 profetas, uma das maiores obras do patrimônio mundial

Iniciou nesta última terça-feira (23), finalizando na sexta-feira (26), a montagem dos andaimes e das estruturas dos trabalhos para acesso aos quatro profetas (Abdias, Habacuque, Amós e Naum) posicionados nas partes mais altas, externamente da balaustrada, localizados no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

Após assinatura das Ordens de Serviço da aplicação do Biocida, o Grupo Oficina de Restauro, juntamente com seus especialistas responsáveis, técnicos e auxiliares, e ainda, com a equipe interdisciplinar de apoio técnico/científico, deram início ao cronograma de atividades.

A aplicação do Biocida tem como objetivo a remoção de colônias de microorganismos das esculturas dos 12 Profetas de pedra sabão, de acordo com projeto básico apresentado pela Diretoria de Patrimônio, bem como, o estudo da metodologia que está sendo aplicada e sua eficiência através da coleta e análise de equipe técnica de microbiologistas.

Após a primeira etapa concluída será realizada a identificação prévia do estado de conservação das peças constando a avaliação visual no atual momento, coleta de materiais das colônias microbiológicas e descrições das áreas afetadas com registros gráficos e/ou fotográficos. Todo cronograma de atividades está sendo acompanhado pelo Grupo Oficina de Restauro, técnicos do IPHAN e Diretoria de Patrimônio Histórico Municipal e Seplag.

Salvamento

A salvação de um dos mais importantes patrimônios históricos e culturais do Brasil atende pelo nome de p-hidroxibenzoato de etila ou Asseptin A. Pesquisadores mineiros estão usando esse ácido orgânico na preservação da obra Os profetas , um conjunto de 12 estátuas esculpidas em pedra-sabão pelo artista Aleijadinho no século 19. O composto mostrou-se capaz de matar liquens e outros microrganismos que ameaçavam a integridade das peças, localizadas em Congonhas (MG).

Desde 1990, Brasil e Alemanha, através de um acordo de cooperação científica, desenvolvem um projeto de preservação da obra Os profetas , que conta com a participação de especialistas de diversas instituições brasileiras. Eles buscam soluções para acabar com os microrganismos (algas, fungos e liquens) que prejudicam as esculturas. Os liquens, por exemplo, além de possuírem raízes que penetram na rocha e causam trincas, produzem também ácido oxálico, muito corrosivo.

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