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Associação de Surdos reclama de falta de inclusão e acessibilidade em Lafaiete

A Associação dos Surdos de Conselheiro Lafaiete (MG), a Assular, vem marcando presença nas reuniões da Câmara, mostrando a importância da inclusão social no Legislativo e ampliando a participação popular de novos grupos, antenanda na valorização na diversidade. O Presidente da Assular, Paulo Roberto, pela primeira vez, ocupou a Tribuna Popular, para falar das dificuldades e desafios das pessoas com deficiência em diversas áreas em Lafaiete.

Paulo que é professor de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e do ensino adaptado para os chamados surdos oralizados, na Superintendência Regional de Ensino, fez cobranças pela acessibilidade em Lafaiete e a falta do uso da língua de sinais e de intérpretes.

Ele expressou que há entraves de alunos surdos permanecerem nas escolas regulares, porque muitas instituições públicas e particulares não estão preparadas para recebê-los. Também faltam informação e orientação do poder público. “Na área da saúde, por exemplo para uma gestante, ficaria mais segura e mais clara a comunicação com um intérprete. O diagnóstico seria muito mais exato e confiável. Também na área de segurança em caso de um furto. Se houvesse um intérprete, o atendimento seria muito mais eficaz com instruções mais efetivas aos surdos. Mas isso a gente não percebe em Lafaiete. Em todas as áreas não temos acessibilidade. Vejam na rodoviária da cidade. Falta estes profissionais em diversas áreas. Somos aqui 15 surdos e somos mais de 60 em Lafaiete. E como acontece esta comunicação e como será no futuro?”, questionou Paulo.

Ele citou cidades como Florianópolis (SC) onde há intérpretes na Polícia Militar. A presença dos surdos chama a atenção aos poderes para que considerem a diversidade da população com deficiência auditiva em Lafaiete.

Há mais de um ano, a Câmara mantém em seu recinto a comunicação por Libras inclusive na transmissão das sessões, o primeiro poder a implantar a acessibilidade em Lafaiete. A Vereadora Damires Rinarlly (PV) citou que há um projeto de lei, de sua autoria, em tramitação a Câmara, que vai permitir um intérprete de libras no acompanhamento da gestante no parto.

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