Uma grande loja de calçados anunciou o encerramento de suas vendas após tentativa de recuperação judicial, se trata do Grupo São Francisco.
A empresa funcionava em dois municípios do Rio Grande do Sul, Parobé e São Francisco de Paulo. A recuperação judicial envolvia quatro empresas do grupo, Hiker, Madra, G. da Silva e São Francisco Indústria de Calçados.
Funcionários perderam empregos
Em abril, o grupo queria realizar uma votação de credores. Entretanto, com um feriado municipal, os funcionários foram dispensados e, quando chegou o dia útil após a folga, foram demitidos da empresa. De acordo com o site GZH, os funcionários revelaram que as fábricas estavam sem documentos, bens e maquinários quando chegaram ao local. O responsável pela recuperação judicial, Diego Estevez, soube do ocorrido e relatou à justiça, decretando a falência do Grupo São Francisco.
“Inclusive, a administração judicial foi informada de que esteve no local representante do sindicato e suposta advogada da empresa, noticiando a demissão dos funcionários e possíveis medidas para recebimento das verbas trabalhistas”, disse o administrador judicial.
A empresa alegava uma dívida gigantesca de R$ 32,7 milhões, justificando a crise financeira. Cerca de 120 funcionários perderam os seus empregos, segundo João Pires, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé, que busca o diretor da empresa.
O juiz Alexandre Kosby Boeira alegou no despacho que houve abandono e desvio patrimonial do grupo. Por conta disso, caracterizou a insolvência e a convolação da recuperação judicial. “Dito isso, verifico que os fatos alegados pela diligente administração estão fartamente documentados em imagens e relatos colhidos dos empregados das devedoras, que foram abandonados à própria sorte, sem salários, sem direitos rescisórios e sem qualquer explicação”, explica o documento.
Desde que os trabalhadores foram surpreendidos com as portas fechadas da empresa, o sindicato e advogados procuram o diretor do Grupo São Francisco, mas ainda continuam sem o retorno do responsável.
O pedido de recuperação judicial deve ser feito o mais rápido possível pelos diretores de grandes lojas, segundo especialistas.
FONTE CANAL CONSULTA PUBLICA