Situado em Belo Vale, o lugarejop Noiva dos Cordeiros encanta os visitantes e neste sábado (8) acontec o 21º Arraía da Noiva em grande estilo com quadrilhas, música e comidas típicas. O evento acontece a partir das 20:00 horas. Agende-se!
Conheça a história deste lugarejo que ganho fama internacional
A vila de Noiva de Cordeiro fica escondida entre morros e plantações de Belo Vale, Minas Gerais. Os 300 moradores chamam o lugar de “pedacinho do céu” e dividem toda a comida que é colhida: a laranja, a pimenta, a mexerica, o café, o maracujá. Quando preciso, eles fazem uma roda de conversa para expor dilemas, impasses, dificuldades e opinar sobre o futuro. Mas ainda há uma característica bem importante: a maioria dos moradores é mulher.
Elas colhem laranja e algodão na lavoura, mas também fazem artesanato e tecelagem para vender na cidade. Outra parte das mulheres integra a cozinha comunitária de Noiva do Cordeiro. Todos os trabalhos são feitos por elas, que também são artistas, professoras ou as duas coisas.
Turistas são bem-vindos. Em 2014, um inglês candidatou-se para conhecê-las e fazer uma reportagem. Elas já estavam acostumadas com esse tipo de visita: Noiva do Cordeiro já era famosa e bem noticiada pelos jornalistas de Minas Gerais. Nunca houve problemas e, por isso, era fácil acreditar na índole e na curiosidade genuína de um jornalista, ainda mais um estrangeiro.
Harry Wallop, o inglês, foi recepcionado com o roteiro típico dessas visitas: tomou suco de laranja, comeu mexericas, almoçou tutu de feijão com couve e torresmo. Depois, foi dar uma volta e gravar as entrevistas. Terminado o trabalho, tomou o primeiro avião para Londres.
Na semana seguinte, a reportagem de Wallop foi publicada no jornal britânico The Telegraph. Era a estreia de Noiva do Cordeiro no circuito mundial. Era difícil mensurar a repercussão e, provavelmente, esperava-se algumas visitas a mais, como quando Noiva aparecia em alguma emissora local. Não foi bem assim.
Além do texto, a reportagem foi gravada em vídeo. Wallop aparece rodeado pelas moradoras de Noiva. Talvez algumas delas falassem inglês, mas não estavam no momento. As mulheres da vila também são bem-humoradas, gentis ou encabuladas e, mesmo se tivessem entendido as intenções de antemão, seriam educadas e sorridentes. Mas, caso tivessem achado ruim o teor das perguntas, também não teria importância: a história vinha pronta de fábrica.
“Todos os moradores daqui são mulheres…”, narra o repórter, rodeado por elas. Ele olha para a câmera e, neste momento, faz um complemento importante: “... ao menos durante a semana”.
Wallop continua. Para uma das moradoras, questiona se seria um “bom partido”. A mulher responde que, sei lá, sim? kkk. A pergunta era um prenúncio.
O título da reportagem contou com toda a delicadeza de um editor de tabloide inglês. Em letras garrafais, foi categórica: “O quão desesperada por amor está este VALE DE MULHERES Lindas? Repórter tenta a sorte de conseguir um casamento nessa vila de mulheres bonitas no Brasil”.
Boom. Explodiu de audiência. Foi uma das mais lidas e assistidas do jornal, com números imbatíveis. Para dar uma dimensão do que aconteceu, vale conhecer alguns dados.
Uma notícia com grande repercussão no Brasil se limita ao… Brasil. Temos cerca de 215 milhões de pessoas e entre 170 a 180 milhões com acesso à internet. A gente pode acrescentar aí, no máximo, alguns perdidos de Portugal e Angola. No máximo. É bastante gente, mas.
Uma reportagem de sucesso no Reino Unido abrange, além da Inglaterra, a Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales (67 milhões de pessoas). E a Irlanda, ali perto (5 milhões). Mas não só.
Ela também é replicada em telejornais em todas as ex-colônias do Império Britânico. E se tem algo que os britânicos fizeram neste planeta além da máquina a vapor, foi colonizar. São ilhas, territórios e países de proporções continentais, como seu filho mais capitalista, os Estados Unidos da América (330 milhões). Podemos acrescentar ilhas da Ásia ao Caribe que falam inglês.
Tem um país, porém, muito importante para dar proporção ao que iria acontecer. A Índia também é uma ex-colônia dos britânicos. Neste momento, existem mais de 1 bilhão de indianos e eles são crazy na internet. São os maiores consumidores de redes sociais do planeta: são ávidos e muito, muito populosos no YouTube e Facebook. Você já pode ter percebido isso por aí quando foi seguido por um pelotão de indianos estranhos no Instagram.
A história de Noiva do Cordeiro espalhou rapidamente na Índia. E foi embora. Com o mínimo de esforço, encontrava-se a “vila de mulheres solteiras” em jornais do Cazaquistão, Paquistão, China, Alemanha, Polônia, Chile e em países do Oriente Médio, como Árabia Saudita, além de Argentina e Bolívia. Sem contar, claro, dezenas de “reações” à “terra das mulheres solteiras desesperadas” no YouTube em uma porção de idiomas e com requintes de detalhes.
O jornalista, Wallop, tinha um traço comum entre os homens britânicos: não era bonito. (O Beckham e o Idris Elba são exceções; a maioria dos ingleses parece o Rooney com o sex appeal do Monty Python). Por outro lado, as mulheres de Noiva são especialmente bonitas. Isso deixou uma mensagem no ar: se aquele cara conseguia uma mulher em Noiva, qualquer um em qualquer lugar do mundo conseguiria. Era fácil. Muitos indianos compreenderam o recado.
Na manhã seguinte da publicação, Aroldi “Canela” acordou assustado com o toque do único orelhão de Noiva do Cordeiro. “Uai!”, respondeu para a voz ouvida pelo telefone. Ele sabia que era inglês e, possivelmente, o cara do outro lado tenha entendido um “why?” e desligado. Mas o aparelho voltou a tocar. O segundo e terceiro idioma já eram desconhecidos por Canela.
Insatisfeitos por serem atendidos por um homem no paraíso das mulheres, os estrangeiros iniciaram uma caça nas redes sociais.
A primeira vítima foi a professora, bailarina e agricultora Karol Fernandes. Ela acordou com o celular vibrando sem parar: dezenas de mensagens que lhe pediam um número de celular. Pouco importava se Karol era professora, bailarina ou agricultora. Dali em diante, era considerada uma mulher desesperada para casar com o primeiro homem que pudesse resgatá-la da solidão.
“Entrei no Facebook e tinha muito, muito pedido de amizade. Quando subi em casa e fui conversar com as meninas, estava todo mundo comentando a mesma coisa. Depois, a gente descobriu que foi por conta da matéria dizendo que as mulheres daqui estavam procurando marido”, diz, ainda meio surpresa. A rotina mudaria bruscamente nos meses seguintes.
Keila Fernandes, uma das mulheres mais famosas de Noiva, é muito parecida com Lady Gaga. Ela ouvia tanto sobre a semelhança que, em 2006, assim que um poste de internet foi instalado em Noiva, procurou as músicas de Gaga, decorou todas as letras e se apaixonou pela artista. “Ela não tem preconceito. Tem liberdade. E aqui a gente é livre, livre de tudo”, me justificou.
É um traço comum entre as mulheres de Noiva: elas são incentivadas a atuar, cantar, fotografar e desenvolver qualquer habilidade artística além do trabalho diário e dos estudos. Elas não são condenadas ao trabalho doméstico, à gravidez ou aos mandos e desmandos de maridos.
Keila, então, uniu o talento dos moradores e se tornou Lady Gaga. Escalou maquiadores, bailarinos, figurinistas e atores para criar um espetáculo. O nome artístico também veio fácil: trocou Lady por Keila e ficou conhecida como Keila Gaga, a Lady Gaga de Minas Gerais.
Os moradores serviram como termômetro para avaliar o show que, aprovado pela crítica, pegou estrada e foi aprimorado. Foram acrescentados mais holofotes com o tempo, com gelo seco e figurinos cada vez mais escalafobéticos, como os de Gaga. Keila acrescentou até um caixão, aberto pelos bailarinos, de onde sai para cantar. A semelhança física entre as duas é, de fato, enorme. Com o tempo, Keila Gaga fez aparições em programas de TV locais e em eventos rurais.
Muitos queriam casar com a Lady Gaga mineira. Na verdade, a exigência nem era tão alta assim. Só queriam uma noiva e pronto, fim de conversa. “A maioria [das mensagens] dizia que as mulheres da comunidade são muito bonitas. E que, se eu não quisesse casar, poderia ser alguma outra menina daqui”, ela me disse.
O inglês nem imaginava o tamanho da confusão. “Eu conversei bastante com ele, tinha um intérprete. Achava lindo aquele idioma, né?”, relembra a moradora Márcia Fernandes, agricultora e cantora famosa com a dupla sertaneja Márcia e Maciel. Ela também foi procurada nas redes.
Era questão de tempo até brotar um maluco atrás de mulher. E foi o que aconteceu.
Certo dia, um moço da “Árábia” passou pela porteira com um intérprete e alguma criadagem importada. Para surpresa de ninguém, ele estava afim de casar. Noutro dia, também apareceu um israelense, que se dizia soldado do Exército, também interessado em casamento.
Como prova de fogo, eles eram submetidos a pequenas pegadinhas: o israelense, por exemplo, foi levado para “buscar uma onça” no mato. Até então destemido, ele saiu com as pernas bambas quando um arbusto se mexeu. Assim como o árabe, voltou solteiro para casa.
O assédio deixou de preocupar tanto os moradores, que começaram a achar engraçado o monte de bocó atrás de mulher. Além do mais, tamanha atenção internacional era improvável para uma sociedade habituada à exclusão.
Apesar de próximo a Belo Horizonte, a vila viveu a maior parte da sua própria história em isolamento. Os habitantes sofreram preconceito por décadas. Uns o chamavam de bruxa, outros de fanáticos, ou coisa pior.
Noiva do Cordeiro surgiu de um amor e de um divórcio. No fim do século 19, Maria Senhorinha de Lima se casou com o francês Arthur Pierre, por imposição da família. O casamento arranjado era ótimo para a família, mas faltou combinar com a própria Maria.
A mulher estava apaixonada por outro homem e pediu separação. Em uma atitude bastante corajosa na época, foi viver com o amante chamado Chico Fernandes, sem papel passado. O divórcio era um pecado sério, tanto quanto viver em comunhão sem a bênção de um padre. Claro, sem falar no adultério.
“Nisso de separar e amigar, ela sofreu uma discriminação muito grande no município, inclusive da Igreja Católica, que não aceitou os dois”, conta Canela. Segundo ele, o padre excomungou até a quarta geração da família de Maria Senhorinha. O casal marginalizado, então, mudou de Roças Novas para Belo Vale para evitar a chateação.
Chico e Maria Senhorinha tiveram nove filhos. Assim como a mãe, as herdeiras também eram chamadas de prostitutas e adúlteras, na boca pequena ou de maneira bem vocal. Era costume desviar da fazenda recém-inaugurada por Maria. Em alguns anos, o lugar ganharia um nome: Noiva do Cordeiro.
Mas, existiu um homem que não se intimidou. Na verdade, ele quis fazer um rebranding em Noiva. Na década de 50, Anísio Pereira, com 43 anos, casou com uma das netas de Maria Senhorinha chamada dona Delina, que tinha 15 anos. Juntos, eles tiveram mais dez filhos para povoar a fazenda.
Anísio era um homem profundamente religioso. Mandou erguer uma igrejinha e fundou a Igreja Noiva do Cordeiro, que deu nome ao povoado. Como estavam todos excomungados, eles decidiram criar a própria religião. Era uma coisa meio protestante, meio católica. Um meio termo esquisito.
Uma das primeiras medidas da nova ordem foi proibir a música. As mulheres foram obrigadas a usar roupas de mangas longas e saiotes até os pés. A dança, claro, também foi proibida. Como dançar sem música?
Na verdade, mal se trabalhava na lavoura. “Era só rezar e pregar”, diz Canela. Anísio dizia que a religião poderia ser a única forma de escapar do inferno, já que a igreja oficial não tinha interesse em salvá-los.
A conversão coletiva não adiantou muito. O adultério de Maria Senhorinha continuava condenável pela opinião pública. Agora, tinha mais um xingamento na boca do povo: os vizinhos achavam Noiva do Cordeiro uma seita de fanáticos. Desta vez, não era exatamente mentira, mas a oposição crescia internamente.
No começo dos anos 90, mais de três décadas depois, os herdeiros de Delina e Anísio haviam crescido e, francamente, estavam de saco cheio daquela esquema. O pastor tinha mais dificuldade em proibir viagens para Belo Horizonte, onde os jovens voltavam cheios de referências e liberdades. A cada ano, ficava ainda mais evidente a possibilidade de um motim.
As perguntas começaram a incomodar a família. Cansados, os dissidentes conseguiram aprovar uma assembleia para reivindicar o direito a dançar, cantar e a trabalhar. Mais importante: queriam dar um fim na igreja própria.
“Tinha muita coisa boa da igreja, mas o fanatismo precisava acabar. Por que acreditar que só aqui estava certo e o resto do mundo errado? Como que só umas famílias aqui do interior estavam salvas e o resto do mundo não está?”, questiona Canela, um dos descendentes de Anísio.
Para surpresa de todos, o pastor aceitou a vontade da maioria. A impressão é que a seita foi mantida até que alguém reclamasse mas, como ninguém tinha dito nada, o trem continuou por tempo demais.
A igreja foi fechada e foi aprovada uma norma incomum no campo: dali em diante, os moradores de Noiva do Cordeiro não teriam mais religião. Eles são livres para acreditar em Deus ou qualquer outra coisa, mas os cultos não são mais permitidos. A dança e a música foram liberadas e as mulheres não seriam mais submissas aos homens, nem a casamentos ou religiões.
Poucos anos depois, Anísio morreu. A viúva, Dona Delina, virou a matriarca de Noiva do Cordeiro e criou rodas de conversa para deliberar melhorias coletivas e desabafos pessoais. As mudanças envolveram dar mais liberdade para as mulheres, que formavam a maioria.
Em uma dessas conversas, um morador chamado Pedro Fernandes levantou a mão e pediu a palavra. Havia algo importante para falar: havia entendido que era um homem homossexual. Tinha apenas 13 anos de idade. Surpreendentemente, todos aceitaram numa boa.
“Eu sempre fui bem aceito, até que fiz 16 anos e fui estudar em Belo Horizonte para terminar o ensino médio”, relembra. “Lá, percebi que muitos tinham medo da reação das pessoas e faziam ‘um teatro’ durante 24 horas. Percebi que quando um gay assume homossexualidade lá fora, tem de explicar para as pessoas o que ele é. Aqui, não. As pessoas me ajudaram a entender quem eu era”.
Pedro é professor de ciências e também bailarino de Keila Gaga. A cada quinze dias, a artista e a dupla Márcia e Maciel fazem apresentações nas “noites da viola” -- um baita avanço onde a música e a dança foram tão proibidas e perseguidas.
Nos quatro dias onde me hospedei em Noiva, em 2018, dona Delina esteve doente e não pôde me recepcionar. Pelo que entendi, ela fez uma reforma para aceitar a entrada de ex-dependentes químicos, órfãos e pobres com famílias desestruturadas para trabalhar e viver na vila - em especial, mulheres. Outra medida foi impor a divisão igualitária de tarefas. As duas ações transformaram a fazenda familiar em vila, que também recebeu uma escola.
O número de moradores, então, aumentou para 80, com cerca de 300 moradores. Delina tornou-se uma força política na região. Internamente, passou a ser chamada de “grande mãe” e criaram até um hino para homenageá-la, que é cantado com lágrimas nos olhos pelas mulheres. Para ser honesto, toda essa adoração fervorosa personalista me soou esquisita demais. Ou, talvez, eu seja só mais um forasteiro julgando mal o ecossistema de Noiva? É um dilema que não tenho resposta.
A confusão internacional foi causada, em parte, por um mal entendido. O repórter gringo leu uma reportagem brasileira sobre uma fazenda de mulheres, incomum na Inglaterra e em qualquer lugar do mundo. No texto original, uma moradora brinca: para namorar, ela saía dela. Todos eram primos ou amigos de infância, o que matava totalmente o clima.
Quando o gringo chegou, era um dia útil. Em dias assim, os homens vão para a cidade trabalhar ou transportar a colheita. Ele até tentou avisar: “.... ao menos durante a semana”. Quer dizer, concluiu meio certo a partir daquilo que viu, mas o restante foi machismo com acréscimo de humor inglês. Uma combinação terrível.
Para ser franco, Wallop até tentou rechear a história com citações à força feminina e a colheita de mexerica. Está tudo no vídeo. Claro, logo depois questiona Keila Gaga se ele seria “good husband material”. Claro, existia um motivo para o questionário intrometido, pra dizer o mínimo.
Em entrevista a um podcast, ele contou que o jornal pagou o avião, a gasolina e a grana do freela. Quer dizer, eles queriam a história da “vila de mulheres solteiras desesperadas para casar em um país considerado exótico”. Por mais que ele se esforçasse, a publicação seria nestes termos. Sendo bem gentil, Wallop até aparenta um leve constrangimento como mensageiro da pauta.
O maior medo era ser furado pelo The Daily Mail, o maior tablóide do mundo, dona de uma má reputação há mais de 100 anos. O The Telegraph não queria perder mais uma batalha centenária. Em termos de missão, a notícia deu certo para os editores. Wallop diz que foi uma piada inofensiva.
Cinco anos depois, desde que estive em Noiva, mais de 40 reportagens apareceram por lá, da América até o Japão. Graças ao trabalho torto dos ingleses. Muitos repórteres, porém, mudaram a abordagem. Com o avanço do direito das mulheres nesse período, as piadinhas machistas foram retiradas e foi acrescentada a união de uma pequena sociedade matriarcal.
Rosalee Fernandes, uma das filhas de dona Delina e Anísio, não gosta de dizer que Noiva ficou famosa devido a uma notícia falsa. Para ela, a fama veio com a autossuficiência alimentar e o acolhimento dos desgarrados do campo. “A família Noiva é muito grata à mídia pelo apoio em uma época muito difícil de exclusão que vivíamos”. Sem ressentimentos, eu acho.
Lembro de tomar uma dosezinha de cachaça de um alambique próximo e de passar a noite conversando com eles. Na minha volta, foi presenteado com um pacotão de mexerica que soltava aquele ar cítrico e calmante até São Paulo. Não me esqueço do sol de fim de tarde batendo na pimenta biquinho ou nos campos alaranjados.
Até onde sei, nenhum gringo casou em Noiva do Cordeiro. Mas, quase nove anos depois da publicação do gringo, entrei no Facebook delas e, surpreendentemente, havia o comentário de um indiano. “Quer casar comigo?”, traduzido porcamente pelo cara no Google Translate. Sério, cara.