1. Edifício Joelma (São Paulo)
O terreno onde o prédio foi construído havia sido um local de tortura e extermínio de escravos até o século XIX. Em 1948, treze anos antes da inauguração do edifício, um professor matou e enterrou a própria mãe no terreno. Um bombeiro que buscava o corpo sofreu uma infecção por tocar no cadáver sem usar luvas e também morreu. Em fevereiro de 1974, quando o prédio tinha apenas três anos recém-completados, 189 pessoas perderam a vida e outras 300 ficaram feridas em um dos maiores incêndios da história do Brasil. Desde então, muita gente jura que o local é mal assombrado e que de lá podem se ouvir gritos e aparições de almas penadas.
2. Casa das Sete Mortes (Salvador)
Em um dos casarões mais antigos do Brasil, sete pessoas foram assassinadas em 1735 – dentre elas um padre. Desde então, multiplicaram-se relatos macabros de gritos, barulhos estranhos e névoas. A narrativa foi endossada pelos operários que trabalharam nas obras de reforma do local. Desde então, é muito raro alguém visitar o casarão no período noturno. Patrimônio cultural da cidade, ele recebe hoje cursos públicos de arte e música, mas que jamais ultrapassam as 5 horas da tarde. Dentre as ocorrências mais comuns está o bater sem explicação das portas do local.
3. Vivenda Santo Antônio (Recife)
Tida como a cidade mais assombrada do Brasil, Recife aparece na lista graças ao casarão onde viveu o escritor brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987). Entre as obras de Gilberto, está justamente uma reunião de contos sobrenaturais na capital pernambucana, “Assombrações do Recife”. O casarão onde morava desde os anos 1930 havia sido uma senzala – daquelas parecidas com as retratadas em “Casa Grande e Senzala”, seu livro mais famoso – e, no local onde essa senzala foi abrigada, Gilberto construiu uma piscina. Depois disso, sua nora passou a ver um fantasma vagando pela construção. Depois que Freyre morreu, a casa se transformou em um museu. Alguns funcionários já relataram ter vistos fantasmas da mulher do escritor além de fenômenos sobrenaturais como luzes piscando sozinhas e a presença de um ex-escravo sentado no quintal. Recife é considerada a cidade mais mal assombrada do país.
4. Castelinho da Rua Apa (São Paulo)
Na década de 1930, em um casarão medieval construído na esquina da Rua Apa com a Avenida São João, um irmão sacou uma arma contra o outro durante uma briga pelo destino da herança deixada pelo pai. Sem querer, matou a mãe. Transtornado, matou o irmão e se matou. Dois anos depois, a casa foi alugada e começaram a se registrar os gritos e vultos no castelo. Uma equipe de um seriado internacional dedicado a estudar histórias mal assombradas identificou no local o que se chama de “fenômeno eletrônico de voz”, um tipo de som sobrenatural captado apenas por gravadores.
5. Ermida de Bom Bosco (Brasília)
A capital federal também é palco de muitas histórias mal assombradas. A maioria delas envolve os candangos, como são chamados os habitantes de outros estados que se deslocaram para construir a cidade e trabalhar por lá nos seus primeiros anos. Assim, dizem, os candangos já falecidos costumam vagar por todos os cantos de Brasília, sobretudo à noite. No entanto, em um ponto específico da capital, o fantasma é outro: Dom Bosco, o sacerdote italiano que é o padroeiro dos brasilienses. Sua alma rodeia a Ermida de Dom Bosco, uma pequena capela construída em 1962.
6. Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Juazeiro do Norte-CE)
Em 2009, as câmeras de segurança da Penitenciária começaram a registrar vultos estranhos e não identificados pelos corredores da cela onde estava preso o bancário Sérgio Rolim, condenado por assassinar algumas mulheres. As suspeitas de que essas mulheres passaram a vagar pelo presídio começaram a atormentar os demais detentos e até mesmo o comandante do presídio, que à época declarou que o local era de fato “meio carregado espiritualmente”. Depois de um tempo, as aparições cessaram e o dia-a-dia no presídio – onde existe grande ocorrência de cultos evangélicos e produção de artigos como jóias e bolas de futebol – voltou ao normal.
7. Mina da Passagem (Mariana-MG)
Já algum tempo depois de encerrado o ciclo do ouro nas Minas Gerais, uma mina da cidade de Mariana (MG) sofreu uma inundação subterrânea que matou 17 pessoas. Nos tempos áureos da corrida pelo ouro, essa havia sido uma das maiores minas do país. Depois desse terrível acidente, o local ficou cada vez menos pródigo para a atividade e foi desativado em 1954. Aberta para turistas, no entanto, logo passou a ser palco de relatos dos mais esquisitos: barulhos de correntes, badaladas de sinos e até mesmo o suposto vulto do que seria um capitão inglês que tomou conta da mina (e também morreu ali) estão entre as ocorrências relatadas por visitantes e funcionários.
8. Leprosário (São Francisco do Sul-SC)
No local onde funcionava um sanatório na cidade de São Francisco do Sul (SC) hoje se destaca a bela Praia do Forte. As ruínas do leprosário, no entanto, permanecem ali, dividindo o espaço e a atenção dos turistas. Muitos deles, inclusive, relatam inexplicáveis sensações de mal-estar quando passam pelo local, além de fortes dores de cabeça. Em alguns casos, os relatos evoluem para a percepção de gritos de socorro, lamentações e imagens de almas penadas que se escondem em algumas das colunas.
9. Teatro Amazonas (Manaus)
Com 105 anos de história, um dos teatros mais conhecidos do Brasil ficou famoso também por suas histórias mal-assombradas. Funcionários que trabalham no local relataram ao longo de todos esses anos várias ocorrências de vozes vindas dos camarins vazios. Além disso, alguns objetos simplesmente desapareciam e depois eram encontrados em locais diferentes e inexplicáveis. Por conta disso, a rotatividade de funcionários por lá é grande, uma vez que muitos acabam desistindo de trabalhar ali justamente por conta da frequência de acontecimentos sobrenaturais.
10. Mercado Modelo (Salvador)
O Mercado Modelo é um dos principais pontos turísticos da capital baiana. Visitado por 80% dos turistas que passam pela cidade, também conta com relatos de funcionários que ouviram gritos e presenciaram almas penadas no porão onde se estocam as bebidas. A possível explicação é o fato de, ali, ter funcionado um porão onde se trancavam os escravos vindos da África. Seriam essas almas, então, as responsáveis por atormentar até hoje os que por ali passam.