Um brasileiro que perdeu três filhos para o câncer morreu neste domingo (13), no Dia dos Pais. Régis Feitosa Mota, de 53 anos, foi diagnosticado três vezes com a doença, entre 2016 e 2023 – quando os filhos já tinham falecido em decorrência da doença. A causa da morte não foi informada.
“Meus amigos, nunca imaginei fazer essa postagem. Nunca me preparei para esse momento porque sempre tive a convicção da recuperação plena do Régis. É uma dor sem tamanho. O chão se abriu e não sei como serão os dias sem o carinho, o companheirismo e o amor absoluto dele. Agradeço muito todas as orações”, escreveu Mariella Pompeu, mulher de Régis.
O corretor e os três filhos tiveram 12 diagnósticos de câncer em 13 anos. A doença é associada a uma síndrome hereditária rara chamada de Li-Freumeni (LFS). A mutação no gene TP53 causa uma predisposição ao desenvolvimento de cânceres antes dos 70 anos e de forma frequente. Régis já havia tratado uma leucemia linfóide crônica, diagnosticada em 2016, e um linfoma não Hodgkin, descoberto em 2021. As doenças foram establizadas, mas não curadas. Em janeiro deste ano, ele compartilhou ter recebido um novo diagnóstico de um mieloma múltiplo.
Drama familiar
A filha mais velha da família, Ana Carolina, foi a primeira a ser diagnosticada com a doença, em 2009. Uma leucemia linfoide aguda, câncer comum na infância, com início na medula óssea, foi descoberta quando ela tinha 12 anos. A doença foi tratada, mas, em 2021, a médica descobriu um tumor no cérebro e morreu no fim de 2022.
O filho do meio, Pedro, recebeu um diagnóstico de osteosarcoma, um tumor ósseo, em 2016. O jovem teve, nos quatro anos seguintes, tumores no pulmão, nas colunas toráxica e lombar, e no cérebro. Ele morreu em 2020 em decorrência do último tumor.
A caçula da família, Beatriz, descobriu uma leucemia linfoide aguda aos 11 anos, em 2017. A menina morreu um ano depois, ainda durante o tratamento da doença.