Descubra como a geração Z está repensando as relações de trabalho e encontrando equilíbrio entre produtividade e bem-estar.
Trabalhar menos, ganhar mais e viver com menos estresse – parece bom demais para ser verdade? Bem, talvez não seja. Em um mundo onde a cultura do excesso de trabalho prevalece, surge um movimento intrigante: os “empregos de garotas preguiçosas”.
Nas redes sociais, sob a hashtag #lazygirljobs, pessoas, principalmente mulheres, estão revelando suas atividades pouco estressantes, altamente remuneradas e frequentemente realizadas remotamente. Mas, afinal, isso é uma tendência revolucionária ou apenas uma fuga da realidade?
“Empregos de garotas preguiçosas” e o “movimento antitrabalho”
A história começou a ganhar forma quando uma TikToker chamada Gabrielle Judge soltou uma bomba: afirmou que é possível embolsar cerca de 80 mil dólares por ano sem se esforçar demais. Os “empregos de garotas preguiçosas” passaram a chamar a atenção, não apenas pelo potencial de renda, mas também pelo que eles representam no contexto de uma geração que anseia por equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
O fenômeno não é isolado; ele se encaixa na narrativa mais ampla do “movimento antitrabalho“, que critica a cultura de trabalho excessivo. Esse movimento também destaca a necessidade de estabelecer limites claros e evitar a chamada “demissão silenciosa”, onde se entrega apenas o que foi acordado, sem extrapolar.
Por trás da hashtag #lazygirljobs está a exaustão compartilhada por muitos, uma insatisfação com as jornadas de trabalho intermináveis e a pressão constante para ser produtivo o tempo todo, mesmo quando não se está trabalhando ativamente.
Gabrielle Judge, a criadora da expressão, encara o termo como um deboche que ilustra um ponto: a busca por equilíbrio muitas vezes é erroneamente interpretada como preguiça.
Impactos na Geração Z
Essa tendência também ressoa fortemente com a geração Z, que enfrenta pressões e expectativas desafiadoras em relação ao sucesso. De acordo com Suzy Welch, professora da NYU Stern School of Business, essa tendência é mais sobre evitar a ansiedade a qualquer custo do que preguiça em si. Isso levanta discussões sobre a criação dessa geração por pais superprotetores, criando um grupo que evita situações desconfortáveis e desafiantes.
No entanto, há visões divergentes sobre essa tendência. Danielle Roberts, autodenominada “coach anticarreira”, enxerga nesse movimento uma revolução dos trabalhadores que rejeitam modelos tradicionais por não atenderem às suas necessidades. Para ela, é necessário ir além da acusação de preguiça e compreender por que essa tendência emergiu em primeiro lugar.
FONTE CAPITALIST