Após o fim do Estado Novo, o PTB de Getúlio Vargas surgiu como o principal partido de esquerda no país, que tinha outros partidos de esquerda, como o PC do B fundado em 1922, que voltava a ativa e a Esquerda Democrática, fundada por dissidentes da UDN em 1945, que em 1947 passou a se chamar PSB. Durante o regime militar e a implantação do bipartidarismo alguns políticos de esquerda migraram para o MDB, partido de oposição ao regime militar. Com a volta do pluripartidarismo foram criados em 1980 o PT e o PDT, este criado por dissidentes do PTB liderados por Leonel Brizola. Posteriormente houveram as refundações do PSB, do PC do B e o surgimento de outros partidos de esquerda, dentre eles o PPS, criado através de uma dissidência do PC do B, que migrou para o centro na primeira década de 2000 e atualmente de chama Cidadania. Na década de 1990 foram criados o PSTU e o PCO, através de duas dissidências do PT, assim como o PCB através de uma antiga dissidência do PC do B. Em 2005 foi criado o PSOL, através de mais uma dissidência do PT. Na década anterior foram criados o Solidariedade por dissidentes do PDT liderados por Paulinho da Força e o Rede Sustentabilidade, criado pela ex Senadora Marina Silva, eleita Deputada Federal em 2022 e atual Ministra do Meio Ambiente. A esquerda no Brasil atualmente está representada pelas Federações Brasil da Esperança: PT-PV-PC do B e PSOL-REDE; como também pelos partidos: PSB; PDT; Solidariedade; PCB; PSTU; PCO; e UP, este último criado no início desta década. Para as eleições municipais, os principais nomes da esquerda independente dos partidos em que estão filiados:
Damires Rinarlly: eleita Vereadora em 2020, tem seu mandato mais voltado para pautas de sociais além de sua proximidade com representantes deste espectro político no Legislativo Estadual e Federal. Embora não tenha se declarado como pré-candidata, seu nome é sempre lembrado para a sucessão de Mário Marcus. Seu partido, o PV possui também como possível candidato a Prefeito, o ex Deputado Estadual e suplente de Deputado Federal, Glycon Franco. Como o partido de ambos integra a Federação Brasil da Esperança, junto com PT e PC do B, a mesma tem também como pré-candidatos declarados, os petistas Tallysson Zebral e Zilda Helena.
Erivelto Jayme: Fundador do Instituto Sonho de Rua, que promove ações sociais desde 2014. Em 2018, coordenou a campanha de Fred Costa à Deputado Federal, eleito Vereador em 2020 e em 2022 coordenou a campanha de Doorgal Andrada à ALMG e Fred Costa à Câmara dos Deputados. Além da articulação junto à ALMG e Câmara dos Deputados, possui articulação junto ao Senado Federal junto Presidente do Congresso Nacional, Senador Rodrigo Pacheco. Sua eventual candidatura ou lançamento de um nome pelo PRD, faz parte do projeto político que pretende levar o nome de Rodrigo Pacheco ao Governo Estadual e Fred Costa ao Senado, em parceria com o Presidente Lula, que lançará o correligionário Reginaldo Lopes ao Senado.
Júlio barros: Principal nome do PT entre 2000 e 2016, concorreu a Prefeito nas eleições de 2000, 2004, 2008 e 2012. Eleito em 2004, vencendo o então Deputado Estadual José Milton (PSDB), ficou na segunda posição nas demais eleições superando na eleição de 2012, o também ex-Prefeito Vicente Faria, seu primeiro adversário em 2000. Em 2016, compôs chapa com então Vereador Benito Laporte (PROS), terminando a disputa em terceiro lugar atrás do atual Prefeito Mário Marcus, que concorria a seu primeiro mandato e o então Prefeito Ivar Cerqueira, que tentava se reeleger. Após um período sabático na política, Júlio Barros retornou ao cenário político eleitoral se filiando ao REDE em 2020, ano que atuou como apoiador da candidatura a Prefeito de Cléber da Caixa em 2020 e candidato a Deputado Federal em 2022. Em 2024, busca retornar ao cargo o qual foi eleito há vinte anos.
Neuza Mapa: petista histórica no município de Itaverava, concorreu as eleições municipais de 2016, vencida pelo atual prefeito Nô, reeleito em 2020. Em 2018, concorreu ao cargo de Deputada Estadual pelo PT não obtendo êxito. Em 2019, assume a Presidência do PDT em Conselheiro Lafaiete e em 2020 concorre ao cargo de Prefeita Municipal terminando a disputa em quarto lugar, sendo a mais bem votada entre os candidatos de esquerda naquela a eleição. Em 2022, concorre ao cargo de Deputada Federal também pelo PDT. Em 2023, assume o PSB com a missão de reerguer o partido na cidade e concorrer a Prefeita Municipal.
Talysson Zebral: Vereador estudante, líder estudantil, concorreu ao cargo de Vereador em 2008 pelo PT. Entre 2009 e 2016, atuou em Brasília primeiro como assessor parlamentar e depois da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Em 2020, concorreu à Prefeitura pelo PC do B, retornando ao PT em 2022, foi um dos coordenadores da eleição de Lula à Presidência da República e para 2024 colocou seu nome a disposição do partido como pré-candidato a Prefeito, assim como a ex Vereadora Zilda Helena. Como o partido de ambos integra a Federação Brasil da Esperança, junto com PV e PC do B, podem ser considerados como pré candidatos da Federação, o atual suplente de Deputado Federal Glycon Franco e a Vereadora Damires Rinarlly, que tem seus nomes lembrados, mesmo sem terem colocado seus nomes como pré candidatos à sucessão de Mário Marcus.
Zilda Helena: Vereadora por dois mandatos, Controladora da Câmara Municipal de Congonhas, Assessora Jurídica do Deputado Federal Reginaldo Lopes, Secretária Municipal de Assistência Social, atual suplente do PT na Câmara Municipal, concorreu ao cargo de Deputada Estadual em 2010 e 2022. Filiada ao PT desde 1999, teve uma breve passagem pelo PSB entre 2015 e 2020. É pré-candidata do PT ao Executivo Municipal, assim como Talysson Zebral. Como o partido de ambos integra a Federação Brasil da Esperança, junto com PV e PC do B, podem ser considerados como pré candidatos da Federação, o atual suplente de Deputado Federal Glycon Franco e a Vereadora Damires Rinarlly, que tem seus nomes lembrados, mesmo sem terem colocado seus nomes como pré candidatos à sucessão de Mário Marcus.
Após as eleições municipais de 2012, a esquerda, mais especificamente o PT, viveu uma década conturbada iniciada pelas manifestações de 2013, o impeachment da Presidente Dilma em 2016, pela prisão do seu principal líder em 2018, ano da eleição de Jair Bolsonaro e por ter ficado pela primeira vez sem ter um Prefeito eleito em uma capital em 2020. Este cenário só foi revertido com a vitória de Lula nas eleições presidenciais do ano passado. Tentando se manter no Poder, desta vez com uma oposição forte da direita, a esquerda busca em 2024 formar a base para as eleições gerais de 2026 elegendo o máximo possível de Prefeitos. O atual cenário com seis pré-candidaturas pode sofrer alterações com composições entre os pré-candidatos de esquerda ou deles com candidatos de centro. Uma composição com partidos de direita pode ser descartada devido ao alto grau de polarização no país.