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Pânico e medo: São João del-Rei suspende aulas após confirmação de infecção por bactéria e morte de 3 crianças

A Prefeitura Municipal de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, suspendeu as aulas da rede municipal de ensino após a confirmação de uma criança infectada com a bactéria Streptococcus A. A informação foi repassada pelo Setor de Epidemiologia em reunião realizada na manhã desta terça-feira (24). As atividades serão suspensas a partir desta quarta-feira (25), e seguem paralisadas até o dia 5 de novembro.

Existe a suspeita de que a bactéria possa ter sido a causa das mortes de três crianças no município, em menos de um mês. O primeiro óbito aconteceu no dia 24 de setembro, o segundo óbito investigado aconteceu no dia 08 deste mês, e o terceiro, na última segunda, dia 23.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que crianças estão enfrentando sintomas de amigdalite, febre, vômito, manchas ou erupções na pele que, na sua maioria, passaram avaliação médica e se encontram estáveis. Outras quatro crianças estão internadas nas instituições de saúde da cidade, sendo monitoradas pela Vigilância em Saúde. Em, em um delas, foi confirmada a presença da bactéria Streptococcus A.

A Vigilância Epidemiológica de São João del-Rei, afirma que ainda não existe comprovação do que pode ter provocado os óbitos, e que não há vínculo epidemiológico entre as crianças.

Protestos

Ainda hoje (24) pela manhã, um grupo de mães fizeram um ato de protesto em frente a sede da prefeitura pedindo a suspensão de aulas. O ato ocorreu em frente à prefeitura da cidade. Segundo o Executivo municipal, outras quatro crianças estão internadas e são acompanhadas pela vigilância em saúde. Conforme a pasta, há relatos ainda de crianças que apresentam sintomas como amigdalite, febre, vômito, manchas ou erupções na pele.

O cenário tem deixado pais e familiares de alunos desesperados. Revoltadas e alegando falta de atendimento pediátrico na cidade, algumas mães se mobilizam em um protesto que ocorreu na manhã desta terça-feira. Integrante do grupo, Andreia Pereira Donato, de 43 anos, afirma que tudo começou há pouco mais de um mês, quando um menino, de 11, passou mal na escola com dor de garganta e vômito.

Ele foi levado a Upa da cidade, onde o médico receitou analgésicos e antibiótico. No dia seguinte, a criança piorou e foi internada na Santa Casa da Cidade, onde morreu dias depois. “Logo depois, veio o caso de uma menina de 3 anos que morreu após ter os menos sintomas, ela teve ainda febre alta e marcas arroxeadas pelo corpo”, conta.

O último caso, segundo Andreia, ocorreu nesta segunda (23), quando uma menina de 10 anos morreu também com sintomas semelhantes. O enterro da criança está marcado para às 10h desta terça (24), no cemitério Nossa Senhora das Mercês.

  • Foto Capa meramente ilustrativa

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