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Veja ranking das piores e melhores rodovias do país, segundo Confederação Nacional do Transporte

Levantamento analisou 11.502 km da malha rodoviária brasileira. Segundo confederação, sanar pontos críticos deve ser prioridade.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (29), os rankings das 10 piores e melhores rodovias do Brasil. O estudo analisou 11.502 km da malha rodoviária do país. Os critérios de avaliação são as condições de pavimento, sinalização, visibilidade, acostamento, pontes, entre outros pontos.

Das dez melhores rodovias estaduais do país, três são administradas pelo poder público (duas são de SP e uma de GO). Todas as dez piores rodovias estaduais avaliadas são públicas.

A pior rodovia, segundo o relatório, é a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, ambas no Amazonas. Já a melhor via está no Rio de Janeiro, a RJ-124, que faz a ligação entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia.

Veja os rankings completos:

Ranking das piores rodovias do Brasil

RodoviaUFMunicípio inicialMunicípio finalGestão
AM-010AMManausItacoatiaraPública
PB-400PBCajazeirasConceiçãoPública
BR-364ACCruzeiro do SulAcrelândiaPública
PE-096PEPalmaresBarreirosPública
MA-106MAGovernador Nunes FreireAlcântaraPública
PE-126PEPalmaresQuipapáPública
AC-010ACPorto AcreRio BrancoPública
AP-010APMacapáMazagãoPública
PA-263PAGoianésia Do ParáTucuruíPública
BR-174AMPresidente FigueiredoBorbaPública

Fonte: CNT

Ranking das melhores rodovias do Brasil

RodoviaUFMunicípio inicialMunicípio finalGestão
RJ-124RJRio BonitoSão Pedro da AldeiaConcedida
SP-270SPPresidente EpitácioOurinhosConcedida
SP-225SPItirapinaSanta Cruz do Rio PardoConcedida
BR-153TOAliança do TocantinsTalismãConcedida
SP-463SPOuroesteClementinaPública
SP-320SPRubinéiaMirassolPública
BR-080GOVila PropícioPadre BernardoPública
SP-191SPMogi MirimSão PedroConcedida
BR-364GOJataíSão SimãoConcedida
BR-493RJItaboraíItaguaíConcedida

Fonte: CNT

Segundo a confederação, sanar os pontos críticos deve ser uma prioridade para a melhoria da qualidade das rodovias.

Condições das rodovias

No Brasil, 67,5% da malha rodoviária pavimentada é considerada regular, ruim ou péssima. Para recuperar as rodovias — com ações emergenciais como reconstrução, restauração e manutenção — são necessários R$ 94,12 bilhões.

A pesquisa identificou também 2.648 pontos críticos na malha rodoviária. São eles:

  • 207 quedas de barreira;
  • 5 pontes caídas;
  • 504 erosões na pista;
  • 1.803 unidades de coleta com buracos grandes;
  • 67 pontes estreitas;
  • 62 outros tipos de pontos críticos que possam atrapalhar a fluidez da via.

Será também necessário reconstruir 628 km de rodovias onde a superfície se encontra destruída; restaurar 39.357 km de rodovias onde se identificam trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos. Além disso, é preciso fazer a manutenção de 62.278 km de rodovias que foram avaliados como desgastados.

Mapa com a melhor e a pior rodovia do Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte — Foto: Editoria de arte/g1

Mapa com a melhor e a pior rodovia do Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte — Foto: Editoria de arte/g1

Distrito Federal

Segundo a pesquisa CNT de Rodovias de 2023, 54,4% da malha rodoviária pavimentada do Distrito Federal apresenta algum tipo de problema e é considerada regular, ruim ou péssima. Já a malha analisada considerada ótima ou boa corresponde a 45,6%.

Para que as rodovias tenham a reconstrução, restauração e manutenção para melhoria da qualidade, será necessário um investimento por parte do governo de R$ 477, 26 milhões.

A pesquisa também mostra que, em 2022, o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 164,54 milhões.

A falta de acostamento aparece em 33,3% dos trechos avaliados e 40% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.

De acordo com a CNT, os resultados mostram que este é um quadro que demanda um maior empenho por parte dos entes gestores de infraestruturas e expõe a “necessidade de continuar mantendo investimentos perenes que viabilizem a reconstrução, restauração e a manutenção das rodovias”. Essas ações devem vir do âmbito do poder público.

Diante disso, de um total de R$ 35 milhões autorizados pelo governo federal para a infraestrutura rodoviária no DF, o GDF não gastou nada com obras de infraestrutura rodoviária de transporte até setembro.

As condições do pavimento das rodovias do Distrito Federal geram um aumento de custo operacional do transporte de 25,8%. Esse aumento se reflete na competitividade do Brasil, já que impacta no preço do frete e, consequentemente, dos produtos para o consumidor final.

A falta de qualidade das rodovias faz com que o consumo de combustível fóssil e a emissão de gases também aumentem. No DF, a pesquisa estima que haverá um consumo desnecessário de R$ 3 milhões de litros de diesel. Esse desperdício custará mais de R$ 19 milhões aos transportadores.

FONTE G1

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