Os órgãos ambientais seguem apurando se as mineradoras são as responsáveis pelo crime ambiental ocorrido no balneário e complexo Parque da Cachoeira, em Congonhas (MG), local de lazer amplamente frequentado por banhistas e turistas de todas as partes de Minas. O local de 10 piscinas naturais, formado por águas da própria Cachoeira de Santo Antônio está interditado desde o último dia 21, por tempo indeterminado pela Defesa Civil após um temporal.
De acordo com o órgão, houve um aumento no volume de água da queda da cachoeira, além de acúmulo de terra nas piscinas naturais do parque. O piso também foi arrancado com a força da enxurrada, e o restaurante e áreas de descanso ficaram alagados. Desde então, o Município abriu uma apuração rigorosa com os órgãos estaduais e federais se empresas de mineração da região têm algum tipo de envolvimento no dano ambiental causado ao parque e ressarcimento material pelas perdas patrimoniais.
Em nota, a Prefeitura e os órgãos competentes iniciaram, na segunda-feira (20), vistorias nas empresas CSN, Ferro + e Vale para investigação do fato ocorrido em 19 de novembro de 2023. No dia 22, foi realizada também fiscalização conjunta entre a Prefeitura de Congonhas e o Núcleo Estadual Ambiental – NEA da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, no empreendimento CSN Mineração. Segundo informações prestadas pela empresa, não há qualquer impacto na segurança das barragens e que será emitida uma nota oficial por parte da empresa. Nos próximos dias, continuam as vistorias nas demais empresas em conjunto.
Repercussão
O ambientalista Sandoval de Souza acionou a Comissão de Meio ambiente da Câmara e na sessão da Câmara na manhã desta terça-feira (5), o Vereador Vanderlei Eustáquio informou que a Secretária Municipal de Meio Ambiente, Ana Gabriela, esteve na Câmara para explicar a situação do parque e sua contaminação por lama de minério. Ela prometeu as informações sobre os laudos periciais já emitidos pela Defesa Civil, da própria secretaria de meio ambiente (Semad) e do núcleo de emergencial ambiental de Minas Gerais, faltando a conclusão do laudo da Agência Nacional de Mineração.
“Ela nos informou que não logo estejam concluídos os laudos a Câmara será oficializada inclusive foram lavradas duas multas no valor de R$ 2 milhões as mineradoras pelo evento no Parque da Cachoeiras apontando os responsáveis pelo carreamento de minério que atingiu e contaminou os cursos dágua poluindo nossa área de lazer”, disse o vereador.
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