Existem algumas palavras que eram extremamente comuns no passado, contudo, hoje em dia ficam apenas na memoria de quem as lembra
Quando falamos da língua portuguesa, as palavras possuem grande destaque para a comunicação. Contudo, ao decorrer dos anos, testemunhamos a evolução de expressões, o que fez com que de repente, algumas palavras do nosso vocabulário cotidiano desaparecessem.
A língua é viva. Ela é a expressão da sociedade de uma época, portanto, conforme os hábitos e costumes dessa sociedade mudam, ela também muda. A ideia a ser transmitida é a mesma, o que muda é a palavra usada para expressá-la. É por isso que existem expressões antigas e novas para coisas que têm o mesmo significado.
Diante desta questão, você pode se perguntar: por que algumas palavras deixam de ser pronunciadas? Essa questão ocorre devido à adaptação da língua às necessidades da sociedade. Por exemplo, pronomes de tratamento mais formais, como ‘vossa senhoria’ e ‘vossa excelência’, caíram em desuso, refletindo a transformação dos costumes sociais.
Pensando em toda essa transformação da língua portuguesa, nós viemos trazer para vocês algumas das palavras que em outros tempos existiam e eram bem comuns, mas que, conforme a evolução do diálogo, hoje não fazem mais parte do nosso vocabulário.
Palavras em português que desapareceram
1. Quiprocó
Certamente, em algum momento da vida, você já se viu no meio de um autêntico perrengue, ou como nossos antepassados diziam, um quiprocó. Essa palavra pitoresca, que significa “confusão”, poderia muito bem descrever uma tarde agitada no mercado, por exemplo.
2. Chapoletada
Antigamente, quando alguém ameaçava uma “chapoletada”, era como se preparasse uma tempestade. Hoje, traduziríamos isso como a promessa de dar uma “trocada de força” em alguém, sinalizando uma possível confusão.
3. Supimpa
Se algo estava supimpa, era sinônimo de excelência e qualidade. Certamente, um termo que expressa satisfação com um toque retrô.
4. Marmota
Quando algo suspeito estava acontecendo, as pessoas do passado logo declaravam: “tem marmota aí”. Uma maneira encantadora de insinuar que algo não cheirava bem na história.
5. Carraspana
Os excessos noturnos, hoje conhecidos como bebedeira, costumavam ser chamados de “carraspana”. Uma palavra que evoca noites prolongadas entre amigos, regadas a aventuras etílicas.
6. Ceroula
As ceroulas, cuecas compridas que iam abaixo dos joelhos, eram vestimentas masculinas destinadas a evitar que o tecido das calças subisse. Uma peça de roupa que, ao longo do tempo, deu lugar às modernas cuecas.
7. Safanão
Quem nunca recebeu um safanão da mãe, não é mesmo? Esse ato de puxar o braço de alguém para dar uma bronca, como as mães costumavam fazer, era descrito pelo termo “safanão”. Uma lembrança afetuosa das repreensões maternas.
8. Fuzarca
Quem nunca ouviu a expressão “fazer uma fuzarca” para descrever uma verdadeira bagunça? Imagine crianças agitadas na sala, e você terá a cena perfeita para o uso dessa palavra vintage.
9. Chumbrega
Antes de chamarmos algo de cafona, nossas avós preferiam o termo “chumbrega”. Aquilo que hoje consideramos fora de moda e pouco estiloso era rotulado como chumbrega em tempos passados.
10. Sirigaita
Dentre as ofensas antigas, chamar uma mulher de “sirigaita” era um golpe certeiro. Implicava em acusá-la de má educação e comportamento constrangedor. A palavra “lambisgoia” também cumpria esse papel, sendo o equivalente ao que temos hoje como “piriguete”.
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