Mais um capítulo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Instalada para investigar gastos de recursos no combate ao vírus da Covid-19, que matou 325 pacientes e deixou mais de 25 mil infectados, a comissão foi encerrada em meio a polêmica na votação final da proposta de criação Comissão Processante contra o prefeito Mário Marcus, mas foi abortada por 8 votos a 4 favoráveis. A CPI encerrou seus trabalhos em plena pandemia no final de 2021.O relatório final foi enviado aos órgãos fiscalizadores como Ministério Público, Polícia Federal e Tribunais de Contas.
Em agosto de 2022, 8 meses após o encerramento da CPI, a Promotora Carolina Queiroz de Carvalho, emitiu um parecer sobre o arquivamento das denúncias apresentadas pela Câmara de Lafaiete, citando que não vislumbrava os elementos necessários a abertura de investigações novas no âmbito desta Promotoria de Justiça, com exceção das referentes às bombas de infusão, que deverão ser objeto de melhor nos autos 0183.20.000299-0. Consoante prescrito no art. 90 da Lei 7.347185”, informou o parecer.
Repercussão
Mas a CPI ainda provoca suspiros, calafrios, revolta, confronto e tensão na Câmara mesmo diante mais de 2 anos e meio seu fatídico final. Um dos que sempre tocam no assunto para alfinetar o Executivo Municipal, é o ferrenho opositor, o Vereador Giuseppe Laporte (PODEMOS). “Tivemos chance de cassar o prefeito e não foi por falta de provas já identificadas na CPI da Covid-19. Essa Casa não tem peito para cassar o gestor”, desafiou.
Ontem (23) durante a sessão legislativa, o Vereador André Menezes (PSDB) revelou que sofreu intimidações e ameaças quando foi Presidente da CPI da Covid-19. “Fui ameaçado de morte. Identificamos diversas irregularidades nos gastos para combate ao vírus”, comentou.
Na reunião, diversas críticas foram lançadas a administração municipal como obras mal planejadas, como o rotor da MG 129, a precária situação do prédio da Escola Napoleão Reis, a Geraldo Plaza, dentre outras.