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SEM CARESTIA: Arroz importado terá de chegar ao consumidor com preço de R$ 4 por quilo

O arroz comprado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegará ao consumidor brasileiro por valor máximo de R$ 4 o quilo, garante o Governo Federal. Atualmente, um pacote de 5 kg do produto custa, em média, R$ 30 (ou seja, R$ 6 por quilo), em Belo Horizonte.

O presidente Lula já havia anunciado, no dia 7, que o governo poderia importar o produto para evitar desabastecimento, já que o Rio Grande do Sul responde por 75% da produção de arroz no país. Para esta operação que visa garantir o abastecimento no país, estão previstos R$ 416,1 milhões.

De acordo com a companhia, no primeiro leilão, marcado para a próxima terça-feira (21), serão adquiridas até 104.034 toneladas de arroz importado da safra 2023/2024. Este produto será colocado ao mercado em uma embalagem especial, com a logomarca do governo, e deverá ser vendido ao consumidor pelo preço indicado de R$ 4.

Os estoques serão destinados aos pequenos varejistas das regiões metropolitanas, de acordo com os indicadores de insegurança alimentar (exceto o Rio Grande do Sul), conforme estabelecido pela Medida Provisória 1.217/2024 – que estabeleceu regras para a importação do cereal neste ano.

A primeira remessa de arroz vai para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, segundo a portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério da Fazenda n.º 3/2024. O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA).

De acordo com o ministro Carlos Fávaro (Mapa), o arroz importado não irá concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para pequenos mercados. “O Governo Federal não pensa, em hipótese alguma, em concorrer com os produtores de arroz que passam por dificuldades. Nosso objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país”, argumentou. “É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas”, argumenta.

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