Tranquilidade, papo bom e comida deliciosa não faltam por aqui
Cercada por montanhas e com um povo muito hospitaleiro, Santa Rita de Ibitipoca é uma pequena cidade com pouco mais de 3 mil habitantes e é pura tranquilidade.
Começamos nossas gravações bem cedinho e, na praça principal, fomos recebidos pelo seu Hermógenos, conhecido por todos por aqui como seu Geninho. Um senhor de prosa boa, que ama música… E entre um papo e outro, seu Geninho nos encantou com seu saxofone. Afinal, não é em qualquer lugar que a gente encontra essa paz para tocar um sax em uma manhã de um dia de semana.
E foi assim, conhecendo histórias e personagens que começamos nossas gravações em Santa Rita de Ibitipoca. Enquanto o Mauro Ferreira, nosso cinegrafista, fazia imagens pela cidade, fui batendo papo com as pessoas daqui, todas cheias de histórias e curiosidades sobre a região, mas todas tinham algo em comum: o carinho pelos distritos da cidade.
Peguei carona nessas histórias e resolvi dar um pulo em dois distritos daqui: o Bom Jesus do Vermelho e a Serra da Água Santa
O primeiro que conheci foi Bom Jesus do Vermelho. Um lugar tranquilo e de gente muito receptiva. A 11 km da sede, Vermelho, como é carinhosamente conhecido, é daqueles lugares que nos dão a impressão que o tempo parou. Com seu armazém, sua praça e um ritmo de vida bem diferente, Vermelho é um lugar gostoso pra passar um tarde e prosear com o pessoal daqui.
Foi lá que conheci a família do Osnir e da Lenice e a família da Suely. Imagina um povo receptivo e carinhoso. Pois é, em 5 minutos já nos sentíamos em casa. Papo vem, papo vai, fomos convidados para conhecer uma das cachoeiras mais famosas daqui: a Cachoeira do Inferno. Mas, claro, que antes da caminhada, um café caprichado, com diversas quitandas e delícias feitas por aqui. Coisa de mineiro, coisa de gente que ama receber.
Depois de comermos bem, seguimos nosso passeio. E a uns 5 km de estrada de terra do distrito e uma boa caminhada, chegamos à cachoeira do Inferno. A cachoeira é uma delicadeza da natureza, mas o melhor foi a caminhada, cheia de risos, histórias e curiosidades. Diversão garantida!
E assim, ao som gostoso dessa cachoeira, renovamos as energias, criamos coragem e pé na estrada mais uma vez. Agora, o estímulo era outro… hora do almoço. E se o café da manhã foi caprichado, imagina o almoço.
Pois é, impossível passear pelo interior de Minas e não comer bem, aliás, muito bem. A Lenice e a Suely prepararam um almoço de tirar o fôlego: lombo assado, torresmo, mandioca, tutu, tropeiro…..
E assim, comemos delícias sem fim e, no final, ainda tinham os doces da Suely: doce de laranja, da terra, de figo, biscoito de nata, goiabada cascão e a goiabada cremosas… Hum…
O coração aperta na hora de nos despedirmos dessas pessoas que nos recebem com tanto carinho… Mas, como o dia é curto, bora seguir viagem rumo à Serra da Água Santa, outro distrito muito querido daqui.
O distrito é lindo e, infelizmente, não tivemos tempo de conhecer tudo que ele oferece. Mas, foi lá que conhecemos a Dona Maria, personagem icônico daqui. Divertida, cheia de histórias, ama cozinhar e divertir os turistas. Uma das grandes pessoas que conheci nas gravações do Achamos em Minas. E cantou, dançou, cozinhou, enfim, diversão não faltou no fim da tarde com ela.
Santa Rita de Ibitipoca é uma cidade pequeninha, mas cheia de histórias. Com seus distritos, nos encantou; com seus personagens, nos divertiu; e, com sua comida deliciosa, nos deixou com gostinho de querer voltar outras vezes. Valeu, Santa Rita de Ibitipoca!