A Direção do Hospital Bom Jesus, em Congonhas (MG) informou a nossa reportagem que afastou o médico ortopedista que estava de plantão quando ocorreu a morte de Lívia Carolina de Paula, falecida na manhã do último sábado (6), em meio a dor e a comoção. O caso é apurado por meio de sindicância através da Comissão Interna de Óbitos e Laudos dos Instituto Médico Legal dos Estado de Minas Gerais.
O caso
Lívia foi sepultada ainda no domingo (7) sob a revolta e a indignação em busca de respostas a tragédia que se abateu sobre a família. A principal acusação da família é de suspeita de negligência médica e omissão.
Uma manifestação está programada para ocorrer nesta sexta-feira (12) em frente a prefeitura quando amigos e familiares prometerm encher a praça vestidos com camisas brancas com o rosto da criança estampado.
Ainda na segunda-feira (8), os pais acionaram o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina e vão buscar a justiça pela morte da criança.
A família mora na Vila Condé, situada às margens da BR 040 em, Congonhas (MG). Ela relata que na quinta-feira-feira (5), Lívia brincava com seu irmão de 12 anos ( Samuel), quando pediu ajuda para sair de um bau. Reclamando de dores na região clavícula, a mãe levou a criança a UPA e Lívia foi encaminhada ao profissional ortopédico do Hospital Bom Jesus, quando passou por radiografia sendo liberada, prescrevendo medicamentos para eliminar as dores. O caso seria de uma “luxaçãozinha”, segundo relato da mãe.
Mesmo em casa, a criança reclamava de dor e outros sintomas preocupantes com os lábios roxos. Por volta das 3:00 horas de sexta-feira (6) a mãe, já bastante preocupada, retornou com Lívia a UPA, quando plantonista citou que ela deveria ter o braço imobilizado, sendo novamente encaminhada ao Hospital Bom Jesus. Após insistência, Lívia foi levada já por volta das 6:00 horas em uma ambulância já com um grande edema no ombro, para a sala de observação pediátrica, quando foi submetida a tomografia, já descendo para a sala vermelha com quadro grave. Momentos depois, Lívia veio a óbito. A mãe teve ser amparada e controlada diante da crise nervosa. Uma autópsia foi realizada no corpo de Lívia.
“Desde o início quando nossa filha se machucou até sua morte foi uma negligência total. Vamos até as últimas consequências para reparar esta dor e tudo por que passamos”, salientou Kenny Paula, pai de Lívia.