Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que, até 2050, dez cidades poderão ser “engolidas” pelo mar devido aos impactos das mudanças climáticas. Entre elas, estão duas cidades brasileiras: Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). A pesquisa utiliza dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab (CIL).
Os impactos das mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes. Recentemente, o Brasil enfrentou uma onda de calor que fez os termômetros chegarem a 42ºC. Agora, o estudo da ONU destaca o risco crescente de inundações permanentes em cidades costeiras altamente populosas, incluindo regiões da América Latina, Caribe, Pacífico e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
“Até 2050, segundo as projeções, centenas de cidades costeiras altamente populosas estarão expostas a risco de inundação, incluindo terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades como Santos, no Brasil”, diz um trecho da pesquisa.
Essas inundações permanentes causadas pelas mudanças climáticas deverão ter grande impacto nas regiões costeiras. Essas áreas, geralmente associadas a grandes centros sociais e econômicos, poderão sofrer danos significativos não apenas em suas estruturas, mas também em seu desenvolvimento humano. O estudo enfatiza que, se mantido o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa, o risco de inundações aumentará consideravelmente.
A pesquisa foi divulgada na terça-feira, 28 de novembro de 2023, pouco antes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP28), que ocorre de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023.
As cidades ameaçadas de serem engolidas pelo mar são:
- Guayaquil (Equador)
- Barranquilla (Colômbia)
- Santos (Brasil)
- Rio de Janeiro (Brasil)
- Kingston (Jamaica)
- Cotonou (Benin)
- Kolkata (Índia)
- Perth (Austrália)
- Newcastle (Austrália)
- Sydney (Austrália)
Este cenário projeta que 5% ou mais dessas cidades ficarão permanentemente abaixo do nível do mar até o fim deste século, caso as emissões não sejam reduzidas drasticamente.
FONTE COLUNA FINANCEIRA