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EMPREGOS A VISTA: Gerdau promete investir mais de R$ 6 bi em Minas e na região

Após um 2023 com riscos de paralisações e demissões, pressionada pela alta da importação de aço no Brasil, a Gerdau garante que não tem novos planos nesse sentido. Pelo contrário, deve manter investimentos de R$ 6 bilhões em Minas Gerais até 2026. 

“Concluímos em Minas Gerais o que faríamos de paralisação, que é a de Barão de Cocais, com todos os compromissos sociais. Minas Gerais é e continuará sendo o Estado do Brasil mais importante para a Gerdau. Passaremos por um ciclo de alguns anos de investimentos muito relevantes em Ouro Preto e em Ouro Branco”, sublinhou o diretor-presidente e CEO da empresa, Gustavo Werneck, em entrevista durante o 34º Congresso Aço Brasil 2024, maior evento do setor no país, que ocorre em São Paulo.

Em maio deste ano, a empresa anunciou a “hibernação” da fábrica em Barão de Cocais, na região Central de Minas, sem data para terminar. A paralisação das atividades na planta, onde trabalhavam cerca de 450 pessoas, faz parte de um plano de readequação de investimentos da empresa, segundo Werneck, que afirma que não há novos movimentos nesse sentido no horizonte.

A empresa planeja investir R$ 6 bilhões em Minas até 2026, especialmente em seu braço de mineração em Ouro Preto e na ampliação de sua usina em Ouro Branco, ambas na região Central. Outra frente da companhia é a modernização de sua planta em Divinópolis, na região Centro-Oeste.

Barão de Cocais concentrava cerca de 3% das operações da Gerdau em Minas. Os funcionários que desejaram, segundo a empresa, foram realocados para outras unidades. Para os demais, têm sido construídas parcerias com outras empresas da região e fornecedores da Gerdau a fim de empregá-los, segundo a companhia. 

No último ano, a Gerdau anunciou paralisação de vagas devido ao aumento da importação de aço, especialmente chinês, mais barato, que vinha pressionando a produção da siderurgia no Brasil. O fechamento de Barão de Cocais não se relaciona diretamente a essa questão, segundo a empresa.

Na tentativa de minimizar o problema, em junho deste ano, o governo federal aumentou a taxa de importação para os produtos que excederem uma cota determinada. Com isso, a importação de aço para o Brasil caiu 23% no primeiro mês de vigência da nova regra, em comparação ao anterior, segundo o Instituto Aço Brasil.

“Como entram menos produtos, temos que produzir mais nas nossas usinas no Brasil. Produzindo mais, conseguimos diluir melhor os nossos custos e ser mais competitivos. Com o fenômeno que observamos agora, no mês de de junho e, especialmente em julho, com a redução inicial dos importados, conseguimos ter mais pedidos nas nossas usinas e ampliar nossa capacidade de produção. O efeito de curto prazo é muito significativo, mas precisamos continuar observando como serão os próximos meses”, pontuou o CEO da Gerdau.

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