Um estudo da Universidade de Utah sugere que os nomes podem desempenhar um papel mais significativo em nossas vidas do que imaginamos. Publicada no Journal of Personality and Social Psychology, a pesquisa explora o conceito de “determinismo nominativo”, que propõe que a primeira letra do nome pode influenciar nossas escolhas profissionais e locais de residência.
Os cientistas usaram técnicas avançadas de processamento de linguagem natural, como Word2vec e GloVe, para analisar grandes volumes de dados extraídos de fontes como o Google News e o Twitter. Com uma amostra robusta de mais de 3.400 nomes, 508 profissões e quase 15.000 cidades, a pesquisa encontrou padrões notáveis.
Entenda o estudo
Por exemplo, pessoas chamadas Dennis tendem a se tornar dentistas e a residir em Denver com mais frequência do que a média. Os pesquisadores chamam casos como esse de “egoísmo implícito”, a tendência de se sentir mais atraído por elementos que compartilham características com o próprio nome.
Os resultados também revelam variações de gênero: homens demonstram uma preferência consistente pela inicial de seu sobrenome ao longo das décadas, enquanto mulheres, cujas escolhas profissionais eram mais limitadas no passado, mostram uma crescente tendência de preferirem a inicial de seu primeiro nome.
A ideia de que nomes podem influenciar carreiras não é nova; o conceito foi originalmente explorado de maneira humorística pela revista New Scientist em 1994, ao observar coincidências entre nomes e profissões. Carl Gustav Jung também especulou sobre essa relação, apontando que Sigmund Freud, cujo sobrenome significa “alegria” em alemão, poderia ter sido atraído para a psicanálise.
FONTE COLUNA FINANCEIRA