17 de setembro de 2024 13:22

Bombeiros anunciam uso de aeronaves no combate às chamas em Moeda

Serão mobilizados dois air tractors em Moeda, e um helicóptero fará o reconhecimento dos focos de incêndio na região antes de seguir para a Serra do Cipó

Entrando no terceiro dia do incêndio que atinge a Serra da Moeda, o Corpo de Bombeiros anunciou a mobilização de dois air tractors – aviões próprios para transporte e dispersão de água – para reforçar o combate às chamas nesta quarta-feira (21/8). Também está previsto o envio de um helicóptero, que fará o reconhecimento dos focos de incêndio em Moeda e, em seguida, deslocará para apoio aéreo na Serra do Cipó.

Nesta terça-feira (20/8), os militares conseguiram conter o lado esquerdo da linha de fogo principal e passaram a atuar em outros focos prioritários que avançam em direção à cidade de Moeda, o que poderia oferecer riscos para as residências. Dezenove bombeiros e 48 brigadistas atuaram no combate às chamas, incluindo uma equipe especializada em incêndios florestais.

Outra operação mais robusta ocorre no Parque Estadual Serra do Brigadeiro, que chega ao terceiro dia de combate às chamas. No local, 11 bombeiros e 8 brigadistas voluntários atuam em seis frentes de trabalho. A aeronave Pégaso da PM também deu apoio ao deslocamento das equipes para as áreas de intervenção.

Minas em chamas

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) divulgou nesta terça-feira (20/8) que sete das 95 Unidades de Conservação do Estado estão enfrentando incêndios. São elas:

  • Monumento Natural Peter Lund (Cordisburgo)
  • Monumento Natural Itatiaia (Ouro Preto)
  • Parque Estadual Serra do Brigadeiro (Araponga)
  • Monumento Natural Serra da Moeda (Moeda)
  • APA Sul RMBH (Nova Lima)
  • Refúgio de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José (Tiradentes)
  • Parque Estadual Serra do Papagaio (Baependi)

Imagens postadas nas redes sociais mostram um incêndio de grandes proporções na MG-129, que liga Ouro Preto a Ouro Branco, na noite dessa segunda-feira (19/8). É possível ver que as chamas tomavam conta dos dois lados da rodovia. O Corpo de Bombeiros atua pelo segundo dia no local.

Serra do Cipó

O incêndio no Parque Nacional da Serra do Cipó também chega ao terceiro dia e se destaca como um dos mais preocupantes, devido à proximidade com áreas urbanas. O primeiro chamado registrado pelo CBMMG para o local ocorreu no domingo (18/8), quando os bombeiros controlaram as chamas que ameaçavam edificações nas imediações da área de conservação. No mesmo dia, foram notificados outros pontos de incêndio no interior do parque.

Nessa segunda-feira, pelo menos quinze focos foram identificados. Com isso, foi anunciado o fechamento temporário do parque como medida preventiva para proteger visitantes e facilitar o trabalho das equipes. Somente nesta terça-feira, foram mobilizados 19 bombeiros, além de 40 brigadistas voluntários e do ICMBio.

As linhas de fogo que avançavam na direção das áreas urbanas de Santana do Riacho e de Serra Morena foram controladas. Outro ponto de atenção se encontrava nas proximidades da estátua do Juquinha, ponto turístico importante da região, que agora está rodeado pelo rastro de destruição do fogo.

O Corpo de Bombeiros Militar afirmou que permanece em contato com os órgãos estaduais e municipais envolvidos, e até o momento, nos incêndios florestais do Estado, não há orientação para que as pessoas deixem suas casas.

Incêndios acima do normal

De janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros atendeu 17.090 chamados para incêndios em matas no estado, quase igualando o total de 2023, que contabilizou 17.135 ocorrências. Só no mês de agosto, já foram registradas 2.968 ocorrências. Mas foi julho que trouxe um verdadeiro inferno para o estado. Os militares foram acionados 4.517 vezes ao longo do mês, um salto de quase 47% em comparação com julho de 2023, quando 3.074 ocorrências foram registradas. O dado corresponde aos registros em Unidades de Conservação e nas áreas urbanas.

Historicamente, agosto, setembro e outubro costumam ser os meses em que as demandas dos militares crescem mais por causa da expansão das queimadas em áreas florestais. O ápice das ocorrências costuma ser em setembro. Neste ano, a previsão é de que a situação se agrave ainda mais com chuvas previstas para ficarem abaixo da média em várias regiões do estado, como o Norte, Noroeste e Triângulo, segundo a previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

FONTE ESTADO DE MINAS

Mais Notícias

Receba notícias em seu celular

Publicidade