Objeto que vem sendo chamado de “Cometa do Século” atingiu o periélio na sexta-feira (27), correndo o risco de se desintegrar
Descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e confirmado pelo ATLAS (Sistema de Alerta de Impacto de Asteroides), da NASA, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) atingiu o periélio – ponto de maior proximidade com o Sol – nesta sexta-feira (27).
Esse encontro poderia ter sido fatal para o objeto – mas, ao que tudo indica, ele não apenas sobreviveu como continua em sua trajetória ainda mais brilhante do que muitos especialistas previam.
Originário da “borda” do Sistema Solar e composto essencialmente de gelo, esse cometa já está entre os 30 corpos mais brilhantes no céu noturno, sendo chamado por alguns, inclusive, de “Cometa do Século”.
Sobre o nome do “Cometa do Século”:
- A letra “C” indica que é um cometa não periódico, ou seja, ele se origina na Nuvem de Oort e pode passar pelo Sistema Solar apenas uma vez ou demorar milhares de anos para retornar;
- A designação “2023 A3” revela que foi o terceiro objeto desse tipo descoberto na primeira quinzena de janeiro de 2023, enquanto o sufixo Tsuchinshan-ATLAS faz referência às instituições envolvidas na sua descoberta;
- O apelido “do Século” é controverso, já que há especialistas que não acreditam que seu brilho vai superar o do cometa McNaught, que passou em 2007 com magnitude de -5.5.
Durante o periélio, C/2023 A3 passou a 58,6 milhões de quilômetros do Sol – a maior e talvez única aproximação com a estrela. Isso porque sua órbita é extremamente excêntrica, de tal forma que ele pode deixar o Sistema Solar e nunca mais ser visto. Caso permaneça preso à gravidade do Sol, o objeto pode até retornar, mas somente daqui a milhares ou mesmo milhões de anos.
Cometa C/2023 A3 se aproxima da Terra em 12 de outubro
Atualmente, o cometa pode ser observado antes do amanhecer, com maior visibilidade para os observadores no Hemisfério Sul. No entanto, mais ou menos a partir de 9 de outubro, ele passa a se tornar visível ao entardecer, conforme sua trajetória se eleva acima do plano do Sistema Solar.
O ponto de maior proximidade com a Terra (chamado de perigeu) ocorrerá no dia 12, quando o cometa estará a cerca 70,67 milhões de quilômetros do planeta, entre as órbitas de Mercúrio e Vênus. Nesse momento, é possível que o objeto alcance um brilho similar ao de Vênus, o corpo celeste mais luminoso do céu noturno, com exceção da Lua.
Neste link, você acessa as informações atualizadas sobre o cometa C/2023 A3, e, para dicas de como observá-lo no céu, clique aqui.
FONTE OLHAR DIGITAL