A PM foi acionada na manhã deste sábado (2) a localidade de Gonçalves, na zona rural de Lamim (MG), quando Valter Arlindo da Silva (solicitante) declarou ser dono de uma propriedade na localidade no qual havia um campo de futebol, bastante usado pela comunidade, inclusive com sua autorização.
Segundo ele, na data populares começaram a cercar o campo, fato que ele não autorizava. Segundo o denunciante haveria pelo menos 12 pessoas no local, todos com ferramentas e estacas em mãos para erguer uma cerca.
Diante do fato narrado, foi feito contato com as equipes de serviço nas cidades de Senhora de Oliveira e Rio Espera que deslocaram ao apoio.
Osmar Gonçalves de Souza, representante da comunidade, informou aquele campo sempre foi de uso popular e usado há pelo menos 40 anos. Ele contou que fez uma abaixo-assinado já com mais de 800 signatário pela preservação e disponibilidade do campo para a população.
O líder disse o dono do terreno recentemente retirou uma cerca que impedia que animais entrassem no campo, fato que somado as chuvas que têm ocorrido nos últimos dias estaria comprometendo o solo, prejudicando a prática desportiva naquele local. Osmar disse que apenas estava refazendo a cerca para que os animais não adentrassem no campo.
Walter e Osmar conversaram reservadamente para a tentativa de um acordo, tendo o dono o terreno declarado que autorizava o uso do campo e que não colocaria animais pra pastar ali nos finais de semana, nem dias chuvosos. Mas que faria um dreno de água no local para evitar poças no campo.
Isso até que pudesse fazer o campo fora daquela área que segundo o proprietário tem um projeto de empreendimento para o terreno.
Walter disse ainda que pagaria até uma pessoa para manter o campo limpo. Ele informou que o campo que pretende fazer para a população seria doado a prefeitura para que não houvesse nenhum problema jurídico posteriormente, facilitando assim que o poder público pudesse fazer até mesmo obras de melhoria, como banheiros e outros. Osmar disse que aceitaria o acordo, mas que teria que repassar aos demais presentes no local.
Os populares informaram que não estavam de acordo pois os animais iriam destruir o campo, prejudicando assim os moradores locais.
Então, Walter disse que não havendo acordo, por ele estar dentro da sua propriedade, ia desfazer do campo e caso contrário, acionaria a PM.
Diante de todo exposto, as partes foram orientadas, sendo repassado que seria lavrado este boletim de ocorrência e aqueles que se sentissem prejudicados deveriam acionar a justiça para que fosse tomada uma decisão definitiva. Todos foram orientados a evitar atrito entre as partes e procurarem os meios legais.