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ENTRE RIOS DE MINAS: o mistério do “sumiço” do monumento ao Cavalo Campolina

Uma brincadeira que rendeu muitas gargalhadas mas por outro aterrorizou os moradores de Entre Rios de Minas. Um grupo intitulado “Amigos da cultura”, que discute o panorama regional do setor, publicou uma foto da entrada da cidade na MG 383 sem o tradicional monumento ao Cavalo Campolina, referência nacional. Uma arquiteta inclusive com o uso da inteligência artificial postou uma foto nas redes sociaius de uma pomba tendo o mecenas Cassiano Campolina, criador da raça, montado nela.

A partir daí surgiram boatos de que a estátua tivesse sido roubada. Houve aqueles que brincaram até que a estátua deveria ter ido para Lafaiete porque lá tinha sido a Nacional do Campolina. Houve aqueles que até resolveram ir ao local de carro para confirmar os boatos de roubo mas, no final das contas, era uma grande brincadeira entre amigos e que gerou muitas gargalhadas. “Foi um fake mas despertou a atenção para nossa cultura”, resumiu o Secretário Municipal de Cultura, Felipe Resende.

A polêmica viralizou nas redes sociais.

Monumento Cavalo Campolina

A cidade é integrante do Caminho Velho da Estrada Real e está localizada próximo às cidades históricas de Tiradentes e São João Del Rey, também atraindo turistas em buscas de cachoeiras e trilhas nas serras ao redor do município. Entre Rios de Minas é conhecida nacionalmente como “Berço do Cavalo Campolina”. Esta raça surgiu há mais de 140 anos, na fazenda do Tanque (a sede da fazenda ainda preserva um casarão construído no final do século XIX), após Cassiano Campolina ganhar uma égua de um amigo, chamada Medeia, e esta égua estava cruzada com um cavalo garanhão de Dom Pedro II.
Deste cruzamento nasceu então o primeiro cavalo campolina, que foi batizado com o nome de Monarca, em homenagem ao imperador e Cassiano continuou com seus testes a fim de apurar a raça. Ao morrer, em 1904, Cassiano Campolina mediante testamento doou tudo o que tinha para a construção de um hospital com a finalidade então de atender todos os enfermos e necessitados da região. Então em 1910 foi construído o Hospital Cassiano Campolina, que até hoje atende toda a região.

O padrão racial faz do Campolina o maior marchador brasileiro tornando-o a primeira escolha para cavaleiros que apreciam uma montaria acima da média. Pela representação no contexto histórico e cultural da raça, o município recebeu da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCCampolina) com uma obra de arte encomendada ao artista plástico Zê Vasconcellos, conhecido pela alquimia em transformar sucata em esculturas monumentais. O monumento é um cavalo da raça Campolina, com mais de 4 metros de altura, todo customizado em aço inox. Entre Rios de Minas além de ser berço da raça, abraça um povo apaixonado por cavalos e cavalgadas.

A estátual foi inaugurada em 2014, na gestão da ex-prefeita, Cristina Resende, é se tornou um marco e referência para turistas que param no trevo para tirar fotos.

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