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CSN propõe aquisição de 70% da Tora Transportes por R$ 742,5 milhões

A aquisição é considerada estratégica e tem por objetivo promover uma forte evolução das operações intermodais

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fez uma proposta vinculante para comprar 70% da Estrela Comércio e Participações, holding da Tora Transportes, por R$ 742,5 milhões.

A oferta abrange o pagamento de R$ 300 milhões na conclusão da transação e o restante do valor em três parcelas anuais, conforme fato relevante da compradora.

O fechamento do acordo depende de autorizações regulatórias, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além do cumprimento de outras condições precedentes a serem previstas nos documentos definitivos da potencial operação.

Segundo a siderúrgica, a aquisição estratégica tem por objetivo promover uma forte evolução das operações intermodais explorando mais intensamente a infraestrutura atual nas regiões de operação, ampliando a atuação da empresa na área de logística.

“Gastamos R$ 1 bilhão por ano em transporte rodoviário. Com a Tora, vamos buscar um aumento de eficiência e produtividade, com muito ganho de escala, fortalecendo o nosso segmento logístico”, destacou o CFO da CSN, Marco Rabello, nesta quarta-feira (11).

Tora Transportes e CSN se relacionam há 35 anos

A Tora Transportes é uma das maiores operadoras logísticas do Brasil. Com mais de 50 anos de expertise em integração ferroviária e operação de terminais, voltada à movimentação de grandes tonelagens, o grupo se relaciona com a CSN há 35 anos.

Sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Tora tem sete empresas, cinco terminais multimodais, 75 filiais nacionais e internacionais, um porto seco, em Betim, além de três mil veículos próprios e terceiros. O conglomerado emprega dois mil colaboradores e faturou R$ 1 bilhão nos primeiros nove meses deste ano.

Aquisição não impacta alavancagem da CSN, que revê meta para 2025

A CSN diz que a compra da Tora Transportes não tem impacto na alavancagem da empresa.

Em outro comunicado ao mercado, o grupo, que atua não só nas áreas de siderurgia e logística, como também em mineração, energia e produção de cimentos, informou uma mudança na meta de redução de endividamento que prometia entregar aos investidores.

O conglomerado alterou a projeção de alavancagem, medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda ajustado, de 2,5x até o fim de 2024 para abaixo de 3x em 2025.

Em novembro, Rabello mencionou em conferência com analistas que o atingimento da meta de 2,5 vezes até o final deste mês estava “desafiador”, apesar de a CSN ter recebido R$ 4,4 bilhões da Itochu pela venda de ações da CSN Mineração, conforme a Reuters.

Grupo também altera projeções de investimentos

A CSN também alterou as projeções de investimentos para os próximos anos. O grupo cortou o aporte em mineração de R$ 15,3 bilhões entre 2023 e 2028 para R$ 13,2 bilhões no período de 2025 a 2030 – os recursos estão voltados para a fase 1 do projeto de adição de capacidade, com a planta Itabirito P15, em Congonhas, na região Central de Minas Gerais.

Já a previsão de investimento no ramo de cimento foi elevada de R$ 5 bilhões para R$ 7,7 bilhões, enquanto a expectativa para a divisão de siderurgia ficou praticamente estável, passando de cerca de R$ 7,9 bilhões de 2023 a 2028, para R$ 8 bilhões até 2028.

Também houve mudanças na previsão de capex consolidado do grupo, que passou de R$ 6 bilhões em 2024 para R$ 5,3 bilhões, e de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões em 2025, para R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, de acordo com o fato relevante.

FONTE: % DIÁRIO DO COMÉRCIO

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