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Encerrando 2024 com vitórias históricas, mas com o pé no chão de que é preciso manter o foco para conter Zema em Minas

Chegamos ao fim de 2024 com a sensação de que, apesar das adversidades, estamos no caminho certo. Não foi um ano fácil. Enfrentamos mais um ano de desgoverno Zema, com aumento de impostos, desmonte do Ipsemg e ataques às nossas estatais essenciais, como Cemig e Copasa. Tentaram mexer com a nossa saúde, com a nossa educação e com a nossa casa comum. Mas a resposta foi clara: estamos aqui, resistindo e organizados para seguir lutando pelo que é nosso por direito.

Aqui, seguimos acreditando que a política se faz no chão, nas ruas, com o povo. Nossa missão é cuidar uns dos outros para construir um futuro onde as pessoas – especialmente as mais vulneráveis – estejam no centro das decisões. Em 2024, não deixamos que os ataques do governo Zema definissem nosso rumo. Ao contrário: trouxemos as respostas do povo, a força das comunidades e a organização popular para fazer a diferença.

A luta por moradia digna, educação do campo e preservação dos nossos direitos foi o nosso norte. Trabalhamos, sim, com emendas parlamentares, projetos e números. Mas o que de fato nos move é a luta concreta, a transformação da vida de quem precisa. Destinamos quase 30 milhões de reais em emendas para 129 municípios, beneficiando diretamente comunidades quilombolas, associações, cooperativas e diversos movimentos sociais. A participação popular seguiu sendo nossa força motriz, porque todo poder emana do povo.

Ainda neste último mês, tivemos um marco histórico para a educação do campo: conseguimos aprovar, em primeiro turno no plenário da ALMG, o projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a Educação do Campo, das Águas e das Florestas que funciona pela Pedagogia da Alternância. Esse projeto vai garantir que as Escolas Família Agrícola (EFAs) sejam equiparadas às escolas públicas, com acesso a recursos e políticas de apoio, como cotas para o ensino superior e auxílio estudantil. Este é um passo importante para milhares de jovens do campo, que agora terão mais oportunidades.

Mas talvez uma das maiores vitórias de 2024 tenha sido na luta pela moradia digna. Não apenas pelos números, mas pelo impacto real que causou na vida das pessoas. Não medimos esforços e conseguimos entregar quase 2 mil unidades habitacionais, com a participação direta de prefeituras e organizações populares, porque acreditamos que a moradia não é apenas um direito básico, mas um pilar da dignidade humana. Mas não paramos por aí. Também neste último mês do ano, alcançamos um marco histórico para o Brasil inteiro: foi sancionada a Lei 25.046/2024, a primeira do país sobre produção social de moradia por autogestão.

Essa lei garante autonomia para as comunidades se autoorganizarem e transformarem suas realidades habitacionais, colocando a dignidade e a função social da propriedade no centro da política habitacional de Minas Gerais. A autogestão elimina a dependência de grandes empresários e da especulação imobiliária, permitindo que as comunidades, com apoio técnico, planejem, construam e reformem suas casas de forma solidária e coletiva. É um avanço importante na luta pela justiça social e pelo direito à moradia digna para todos. Além disso, estivemos na linha de frente pela defesa dos povos indígenas. Em Itueta, ao lado dos povos Puri, estivemos na luta pela retomada de seu território, pela defesa dos direitos territoriais e pela reafirmação da luta por justiça. Porque a nossa luta também é contra o racismo estrutural e contra o genocídio dos povos originários.

A luta pela saúde, também, foi uma das nossas maiores bandeiras neste ano. Nosso mandato foi reconhecido como um dos principais defensores da nefrologia em Minas Gerais. Foram diversas reuniões e, acima de tudo, a união de forças com profissionais de saúde, pacientes e movimentos sociais para garantir que a vida seja tratada com a prioridade que merece. A luta pela saúde não é apenas um direito, mas um compromisso com a vida e com a dignidade do povo mineiro.

O cenário internacional também segue precisando da nossa atenção. Nossa luta é global, porque a Casa Comum é de todos. Fomos reconhecidos pelo Instituto Brasil-Palestina pela nossa incansável luta em defesa dos direitos humanos e da autodeterminação do povo palestino. Nossa luta é global, porque a Casa Comum é de todos.

O que 2025 nos reserva? Sabemos que o caminho ainda é longo, mas seguimos com esperança renovada. O projeto da pedagogia da alternância, por exemplo, precisa ser aprovado em segundo turno, e estamos prontos para lutar por isso. O futuro da educação no campo está mais próximo e mais forte, assim como todas as bandeiras e eixos do Juntos Para Servir.

Em 2025, seguiremos juntos, mais fortes, para continuar a luta por um estado e um país mais justo para todos. Boas festas e que o próximo ano nos traga ainda mais força para seguir na luta!

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