Uma explosão na tarde de quarta-feira (15/1), na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Copasa, em Cabo Verde, no Sul de Minas Gerais, provocou a morte de um trabalhador, Cláudio Cardoso de Oliveira, de 52 anos, que foi atingido por uma viga metálica e ficou preso, submerso, dentro de um tanque de rejeitos. Era por volta de 17h e Cláudio fazia a limpeza da área, quando aconteceu a explosão. De acordo como o Corpo de Bombeiros, ele teria corrido, mas acabou sendo atingido por uma estrutura metálica, uma espécie de tampa, que o jogou dentro do tanque e o prensou debaixo d’água.
O trabalho de resgate dos bombeiros foi demorado e o corpo só foi retirado do local na madrugada desta quinta-feira. Primeiro, os militares trabalharam na retirada da peça metálica, que teve de ser cortada. Para isso, foi preciso esvaziar o tanque com cerca de 600 metros cúbicos de rejeito. Todo o trabalho foi acompanhado pela perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Sindicato
Cláudio era natural de Campo Belo, mas morava em Cabo Verde. Ela deixa mulher e dois filhos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindagua), Cláudio era filiado ao sindicato desde 2005. Ele era um dos 10 funcionários que estavam lotados na ETE de Cabo Verde. O Sindagua está enviando uma equipe para verificar o ocorrido, as condições da ETE e também as questões ligadas aos itens de segurança no trabalho. Um relatório será produzido e comunicado à categoria.
Copasa
A Copasa divulgou nota na manhã desta quinta-feira, relatando o acidente e lamentando a morte. “A Copasa, mais uma vez, lamenta a ocorrência do grave acidente que deixou uma vítima fatal, já que o empregado utilizava corretamente o equipamento de proteção individual, conforme preconiza com muita rigidez o programa de prevenção de acidentes da empresa”, diz o documento.
A empresa também informou que o corpo de Cláudio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Poços de Caldas. Ainda segundo a nota, “imediatamente após o acidente, a equipe da Copasa sediada no Sul de Minas foi mobilizada para prestar assistência e fazer o acolhimento à família do empregado. A prefeitura também prestou apoio enviando um psicólogo para acompanhar os parentes. Também todo o corpo técnico da Companhia foi destacado para investigar a fundo as causas da tragédia e prestar os esclarecimentos necessários às polícias Militar e Civil, que acompanham o caso”.
O documento é finalizado com o comprometimendo da companhia de colaborar com a investigação do caso. “A Companhia salienta que preza pela transparência das informações e que prestará todos os esclarecimentos necessários assim que os trabalhos de investigação forem concluídos.”