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Trabalhadores rejeitam proposta da JMN e partem para manifestação contra as demissões em massa na sede da empresa

Os trabalhadores rejeitaram na tarde de ontem (16), a proposta de acordo com a JMN frente as demissões em massa de mais de 200 funcionários na planta situada da unidade entre Piracema e Desterro de Entre Rios, na região Central de Minas Gerais. Com a redução, a empresa trabalhará em apenas um turno com 125 colaboradores. Até 26 de janeiro, os funcionários estarão de licença remunerada.

A proposta da JMN era de um piso de indenização de R$2.250,00, plano de saúde até 30 de junho, apoio psicológico e carga de alimentação em janeiro. Já os trabalhadores, através do Sindicato Metabase Inconfidentes, que representa a indústria de extração de ferro e metais básicos de Congonhas, Belo Vale, Ouro Preto e região, apresentara uma pauta de reivindicações como a garantia de 6 meses de pagamento do piso e um ano de plano de saúde.

Na assembleia foi deliberado que na próxima terça-feira (21) acontece em Itaúna, na sede da empresa, uma manifestação dos trabalhadores para cobrar os seus direitos e garantia de empregos. “Precisamos de unidade na luta contra as demissões, bem como no mínimo uma indenização para os trabalhadores, em que o primeiro passo é uma manifestação. Todos estão convocados”, disse Rafael Duda, Diretor do Sindicato Metabase. A entidade vai bancar o transporte e pedimos para os trabalhadores entrarem em contato nos números 31 984760394 ou 31 997749030 para garantir a sua vaga. “Os trabalhadores estão saindo com uma mão a frente e outra atrás”, criticou Duda, citando que foram 3 reuniões entre o sindicato e a direção da empresa, mas sem acordo.

A crise

A assembleia é mais um desdobramento do anúncio da JMN de demissões na mina em Desterro. Em nota, a mineradora afirmou que iniciou o processo de reestruturação do complexo “para enfrentar os desafios impostos ao setor minerário brasileiro nos últimos anos e assegurar a sustentabilidade de suas operações”. E que a definição de diminuir o efetivo ocorreu “após esgotar todas as possibilidades e esforços para preservar os postos de trabalhos”.

As demissões afetam a economia de Desterro e de toda a região. O Prefeito de Desterro, Wagner Duarte (PRD) estima uma perda de receita em torno de R$ 5 milhões a partir de 2025.

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