Três cidades mineiras, em diferentes regiões do estado, registraram tremores de terra nos últimos cinco dias. Os abalos sísmicos, considerados de baixa magnitude, aconteceram em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, Felixlândia, na Região Central, e Indianópolis, no Triângulo Mineiro, e foram registrados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).
O primeiro dos terremotos da série foi registrado na madrugada de 23 de janeiro em Diamantina, com 2.4 de magnitude na escala Richter. A segunda ocorrência foi em Felixlândia, na madrugada de 24 deste mês, com a maior magnitude da série, com 3.2 mR.
Em seguida, na noite de 26 de janeiro, Indianópolis teve um tremor de 2.6 de magnitude. O terremoto foi sentido pela população, de acordo com relatos na plataforma “Sentiu Aí?” da Universidade de São Paulo (USP).
essa segunda-feira (27/1), Felixlândia teve mais dois terremotos. Um deles aconteceu às 6h31, com magnitude 2.4, o outro foi às 23h39, com 2.6 mR. Todos os abalos sísmicos foram analisados pelo Centro de Sismologia da USP.
Causas
Ao Estado de Minas, o sismólogo Bruno Collaço, pesquisador do Centro de Sismologia da USP, explicou que o tremor é “causado pela movimentação dos blocos de rocha ao longo de uma falha geológica. Quando há essa movimentação, ondas sísmicas se espalham em todas as direções. É a passagem dessas ondas que as pessoas vão sentir”.
O sismólogo afirmou também que abalos como os que acontecem no estado podem, sim, ser denominados terremotos, apesar de ser comum associar esse termo a sismos de alta magnitude.
Bruno Collaço também explicou que, apesar de a movimentação de rochas ser a razão principal dos eventos, em alguns casos específicos a ação humana pode ser uma causa. Ele cita o exemplo de tremores, no interior de São Paulo, onde há perfuração de poços.