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OURO BRANCO (MG): antigo povoado comemora 301 de fundação

“301 anos de história! A cidade que nos acolhe e recebe a todos de braços abertos, permitindo-nos produzir e realizar nossos sonhos. Estamos muito felizes, pois a história de Ouro Branco é a nossa história, a história do povo e de quem construiu esta cidade.” Esta foi a declaração do Prefeito de Ouro Branco, Sávio Fontes (Republicanos) ao comemorar a data festiva neste domingo (16).

As celebrações contam com uma programação do aniversário com uma grande cavalgada, que partirá da Fazenda de Carreiras até a Praça de Eventos, onde haverá uma solenidade e diversas atrações para marcar a data festiva. Por outro lado, celebrar o retorno do pré-carnaval à sua agenda cultural em 2025. O evento, que há mais de uma década não fazia parte do calendário oficial da cidade, promete fomentar a economia, o turismo e a cultura local.

Em entrevista, o prefeito Sávio Fontes destacou que a iniciativa faz parte da proposta da nova gestão de implementar eventos que atendam às necessidades da comunidade: “Há mais de dez anos, não tínhamos esse evento, que fortalece a cultura, o turismo e a economia da cidade. Nosso desafio era criar grandes eventos para enriquecer o calendário cultural. O pré-carnaval surge como uma nova tradição, que queremos manter anualmente,” disse.

A festa trará artistas de renome nacional, sem deixar de lado os talentos da cidade. DJ Adriano Oliveira, Profissamba e Sambathois são algumas das atrações. Além de contemplar jovens e adultos, o pré-carnaval de Ouro Branco terá programação especial para crianças. No sábado, entre meio-dia e 17h, uma matinê será realizada com brincadeiras e shows infantis, permitindo que famílias inteiras aproveitem o evento.

O evento, que é gratuito, terá um caráter social. Para participar, o público deverá retirar os ingressos online e doar um quilo de alimento não perecível na entrada.

A história

Hoje, 16 de fevereiro, celebramos os 301 anos de fundação do povoado Ouro Branco. Uma história feita de muitas histórias! Uma história feita da história da nossa gente! O povoado de Santo Antônio de Ouro Branco teve sua origem nos finais do século XVII, provavelmente em 1694, como consequência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras que, subindo o Rio das Velhas à procura de ouro, desbravaram a região, assentando-se ao pé da Serra de Ouro Branco, também denominada, na época, Serra do Deus (te) Livre (tombada pelo IEPHA em 07/11/1978). Ouro Branco foi uma das mais antigas freguesias de Minas, tornada colativa pelo alvará de 16 de fevereiro de 1724, expedido pela Rainha Maria I, durante o governo de Dom Lourenço de Almeida. O ouro de tonalidade clara possuía valor econômico inferior em relação à extração praticada em Ouro Preto (daí o nome Ouro Branco). Pela má qualidade das jazidas auríferas e dificuldades de exploração, a atividade mineradora retrocedeu.

Em 12 de dezembro de 1953, a cidade deixa de ser distrito de Ouro Preto e passa a ser elevada à categoria de município, obtendo sua emancipação política. Nesse período, Ouro Branco já possuía considerável importância econômica e prosperidade de sua população advinda da agricultura, usina hidrelétrica e produção de talco.

Desde o início, foram vários ciclos econômicos. O primeiro deles foi o Ciclo do Ouro. Com o declínio da produção aurífera, Ouro Branco se voltou para a agricultura. Primeiro veio o Ciclo da Uva e depois o Ciclo da Batata. Atualmente, a atividade preponderante é a industrial, desde a implantação da então Aço Minas Gerais S.A em 1976, atual Gerdau, que inaugurou o Ciclo do Aço. A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. Em 2008, se iniciou o Ciclo do Conhecimento, com a chegada do Campus Alto Paraopeba da UFSJ e campus do IFMG.

Além de uma vasta rede hoteleira e de restaurantes, a cidade possui uma diversidade de belezas naturais e culturais, sendo uma excelente opção para o turismo de aventura e cultural. O Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e Monumento Natural de Itatiaia são tombados pelo IEPHA e possuem diversas cachoeiras, além de uma rica fauna e flora da Serra do Espinhaço e Quadrilátero Ferrífero. A comunidade de Itatiaia é um dos locais mais frequentados. Seus bares e restaurantes se misturam com a tradição e cultura do artesanato local. A Igreja Matriz de Santo Antônio, em Itatiaia, é uma das mais antigas de Minas Gerais e tem registros de 1714.

Nas margens da Estrada Real, a Fazenda de Carreiras, antigo pouso dos tropeiros e ponto da cobrança do Quinto da Coroa Portuguesa, é mais um dos atrativos da Estrada Real. Na região central, casarões antigos compõem o conjunto arquitetônico junto com a Igreja Matriz de Santo Antônio, rica em pedra sabão e que possui peças do trabalho de Mestre Ataíde, datados de 1774. 

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