Autor cometeu o crime em Elói Mendes, ao dirigir veículo emprestado por seu concunhado. Segundo a polícia, ele não prestou socorro e descaracterizou o carro
Um homem, de 42 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelo atropelamento e morte de outro, de 35 anos, em Elói Mendes, no Sul de Minas Gerais. O acidente aconteceu no dia 24 de fevereiro deste ano, no Bairro Vila Vinícius, e o motorista fugiu sem prestar socorro.
Ele está sendo indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, qualificado por estar sob efeito de álcool e substâncias psicoativas, e por não prestar socorro. Além disso, ele estava com a carteira de motorista vencida e é acusado de ocultar provas do crime.
As investigações apontam que na madrugada do último dia 24 de fevereiro, a vítima estava em um ponto de drogas, onde também existe um bar, minutos antes da chegada do carro do investigado.
Depois de um grande consumo de bebidas alcóolicas, a vítima saiu do bar para retornar à sua casa. Ele caminhava quando caiu no asfalto. Nesse instante, o autor, que também estava bebendo no bar, entrou no carro e arrancou em alta velocidade. O motorista acabou atropelando a vítima e fugiu em seguida.
Os policiais que participaram das investigações conseguiram localizar imagens de uma câmera de segurança, que mostraram a movimentação do carro conduzido pelo suspeito, além de identificar marca, modelo e características do automóvel.
A partir daí, o proprietário do veículo foi identificado e levado à delegacia. Em depoimento, ele alegou que, no dia e horário do atropelamento, havia emprestado o veículo para seu concunhado, que precisava buscar um estepe para seu veículo particular.
O homem também informou que, na ocasião, o concunhado teria levado o enteado, um adolescente de 15 anos, com ele. E relatou que o concunhado teria retornado poucas horas depois, visivelmente embriagado e drogado, alegando ter atropelado uma pedra, o que teria sido desmentido por seu enteado, que alegou que o homem havia atropelado uma pessoa e fugido.
O delegado Eduardo Braga Corrêa, de Elói Mendes, determinou a apreensão do veículo e, durante a perícia, foi comprovado que adesivos e marcas do veículo foram retirados para evitar que os policiais chegassem até ele, ou seja, o carro foi descaracterizado.
“Foram realizadas perícias de comparação de fragmentos encontrados no local do atropelamento, que se encaixaram perfeitamente com os pedaços que faltam no veículo apreendido. Os peritos encontraram, ainda, fragmentos de cabelo humano embaixo do automóvel”, explica o delegado Eduardo.
Um levantamento feito na delegacia apontou que o investigado já possui registro policial por crime relacionado à Lei Maria da Penha.
FONTE: ESTADO DE MINAS