“Deixo aqui o registro desse maravilhoso ipê amarelo, na Matriz, que hoje foi-se com a tempestade. Todos os anos na sua floração eu subia o morro da Matriz pra fazer fotos e registrar tanta beleza. Tudo tem seu tempo”. Assim expressou a internauta congonhense. No final da tarde de ontem (31), um temporal atingiu a “Cidades de Profetas” com rajadas de vento arrancando uma das mais belas e tradicionais, localizado perto da Nossa Senhora da Conceição.
Ao cair, o ypê, de mais de 40 anos, atingiu carros e uma casa, causando estragos, mas levou grande parte da história. O paisagismo urbano perdeu grande seu charme e beleza e as primaveras não será mais as mesmas. Uma árvore de rara beleza. Além do ypê amarelo, várias árvores e galhos também caíram em bairros da cidade, e casas foram destelhadas. Na Av: JK algumas árvores de pequeno porte e galhos de árvores maiores, não suportaram as rajadas de vento e caíram.Diversas ruas ficaram alagadas e um apagão diversas áreas. A Defesa Civil atua para minimizar os impactos.

Lembranças
A cidade amanheceu com uma ausência que pesa no coração. Um dos ipês amarelos mais belos de Congonhas não resistiu à tempestade. Sua copa, que tantas vezes encheu a praça de cor e encanto, agora jaz no chão, como um capítulo que se encerra abruptamente.
Os ipês mais antigos da Matriz foram plantados durante a Operação Ipê, na gestão do ex-prefeito Altary, e este ano completam 45 anos. Mas há quem diga que esse da praça era ainda mais antigo, testemunha silenciosa de tantas histórias, encontros e despedidas.
Hoje, a paisagem se transforma, e no lugar da sombra acolhedora, fica a lembrança de um tempo que não volta. O tronco tombado é uma cicatriz na cidade, um sinal da força da natureza, mas também da fragilidade do que aprendemos a amar.