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Homem é morto a tiros por perseguir adolescente e pedir ‘rapidinha’

Adolescente enviou mensagem para amigas para alertar sobre assédio e uma delas respondeu que “os meninos mataram ele”

Um homem de aproximadamente 50 anos foi morto a tiros momentos depois de perseguir adolescente na rua e assediá-la pedindo uma “rapidinha”. O caso aconteceu no bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde dessa quinta-feira (15/5).

A Polícia Militar encontrou o homem em posição de cócoras no chão, com marcas de tiros na cabeça, por volta das 15h. O local foi isolado e uma equipe do Samu confirmou a morte. Segundo a perícia, o homem foi atingido seis vezes em um dos ombros, na nuca e em uma das orelhas. 

No local, também foram encontrados oito cartuchos de calibre 46 milímetros, além de duas pedras com substância similar a crack e um cachimbo. 

Segundo a PM, cerca de uma hora antes do crime, foi registrada uma denúncia com um suspeito com as mesmas características do corpo encontrado. Na ocorrência, uma adolescente de 16 anos relatava que estava sendo importunada na rua por um homem com palavras sexualmente ofensivas.

A adolescente correu até o trabalho da mãe para pedir ajuda, na Rua São Tomás de Aquino, e o homem continuou a seguindo. Já na porta do trabalho da mãe, o homem gritou à menina o pedido de “só uma rapidinha” e a mãe chamou a polícia.

Quando a polícia chegou ao local, o homicídio já tinha acontecido em uma rua próxima e uma testemunha confirmou que o homem morto era o mesmo que assediava a adolescente momentos antes. 

Homicídio depois de alerta às amigas

De acordo com o boletim de ocorrência, a adolescente mandou uma mensagem com as características da vítima no grupo de WhatsApp com as amigas. Segundo ela, a intenção era que as amigas tomassem cuidado caso vissem o homem. Como resposta, uma das amigas respondeu: “Os meninos mataram ele agora, preocupa não”.

Os policiais seguiram à casa da amiga, também de 16 anos, e foram recebidos por ela e pela mãe. Aos policiais, a garota disse que foi excluída do grupo e não tinha mais informações. 

Ela também compartilhou com os policiais as conversas com o namorado, que mora na rua onde aconteceu o homicídio. Os policiais seguiram à casa do jovem, de 24 anos, mas ele ainda não foi encontrado.

Testemunhas relataram à PM que viram dois carros com atitude suspeita na região no momento do crime. Os policiais identificaram os carros por câmeras de segurança na região e constataram que um deles era clonado.

As adolescentes foram levadas à delegacia para prestar depoimento e os celulares delas foram apreendidos. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

FONTE: ESTADO DE MINAS

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