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Audiência na ALMG propõe contratação via Sine para garantir transparência em admissões na Gerdau

Uma reunião, prevista para o dia 3 de junho, entre a direção nacional da Gerdau e a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, vai propor que as contratações da siderúrgica sejam feitas via o Sistema Nacional do Emprego (Sine). Esta é a principal conclusão da audiência pública na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais após uma série de denúncias de restrições impostas pela Gerdau por meio de um cadastro restritivo de admissão.

A proposta foi apresentada pelo superintendente regional do Trabalho, Carlos Calazans e vai envolver os deputados Leleco Pimentel (PT) – que presidiu a audiência pública – e o deputado federal Padre João (PT-MG). Além de outras autoridade e sindicalistas.

O deputado Leleco Pimentel lembrou que a Gerdau se recusou a receber uma diligência de deputados que investigariam a situação, após denúncias feitas em março na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete. “Infelizmente a empresa restringiu nossa participação e temos o dever e o poder de apurar as denúncias e buscar uma solução”, afirmou Leleco.

Também presente à audiência, Padre João fez um apelo à “descontaminação do aço da Gerdau” ressaltando a importância da siderurgia na economia e pediu para a empresa retomar “os processos de relação com a comunidade”, disse.

Trabalhadores presentes denunciaram que o cadastro restritivo discrimina trabalhadores, chegando a interromper o processo de admissão e sem informar os motivos que levam à não admissão. O soldador Fabrício Valadares apontou: “Se a pessoa processar a Gerdau a terceira geração dela não consegue emprego na empresa”.

O vereador Samuel Carlos, de Lafaiete, relatou que tem centenas de queixas registradas de trabalhadores desesperados pelas restrições e pela falta de informações dos setores de Recursos Humanos. “Alguns entraram em contato conosco chorando”, denunciou.

Representando a Gerdau o consultor jurídico Guilherme Rangel negou “qualquer irregularidade” e disse que a empresa não interfere no processo de admissão das empresas contratadas e que terceirizam uma parcela da mão de obra. “Geramos 30 mil empregos diretos e indiretos e a empresa não possui ingerência nos processos seletivos”.

Jornalista Heraldo Leite

Celular (31) 99273-5678

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