Para aqueles que chegam a um país estrangeiro com objetivos e propostas sérias, e que reconhecem as dificuldades de se adaptarem à nova cultura, mas as enfrentam com disposição e segurança, os problemas com a imigração à comunidade não se tornam tão temerosos, quanto aos de muitos que se jogam pelo mundo afora. Leonardo Teixeira Pereira (Leo) nascido em Belo Vale, há alguns anos mudou-se para Lisboa, e atualmente vive na cidade de O Porto, conhecida como “Cidade Invicta”, situada ao norte de Portugal, à margem direita do Rio Douro, segunda maior cidade do País.
Engenheiro, trabalhando na área de sistemas de projetos em computação e músico, Leo buscou algo mais para aprimorar as relações com a sociedade local. Assim, procurou um grupo para continuar tocando. – Há um ano faço parte da Banda Marcial da Foz do Douro – Filarmônica do Porto – Associação de Arte e Beneficência fundada em 1883; revelou. Leo seguiu as orientações do pai, José Teixeira de Souza, saxofonista, das primeiras formações da Banda de Música Santa Cecília de São Gonçalo da Ponte de Belo Vale. Também saxofonista e violonista, desde adolescente, Leo passou por vários grupos musicais em Belo Vale e fundou “O Bando da Banda”, grupo musical de frevo que agitou a juventude belo-valense nos anos de 1980. Embora distante, não resiste às tentações da celebrada Semana Santa, e a cada ano, aporta-se em Belo Vale para se juntar aos músicos da Banda Santa Cecília nas famosas procissões e cortejos festivos pelas ruas.
Banda Marcial da Foz do Douro – Filarmônica do Porto
Fundada na Foz do Douro, em 1883, saiu pela primeira vez à rua, na Páscoa de 1884, percorrendo as artérias da Freguesia, sendo acolhida pela população com grande entusiasmo. Só com o esforço e dedicação das diversas Direções, Maestros e Instrumentistas, que por esta associação têm passado, tem sido possível manter ininterruptamente, durante estes 142 anos, a manutenção quer da Banda de Música como de sua Escola. Reconhecida e prestigiada pela Freguesia da Foz do Douro recebeu várias premiações e medalhas. Atualmente, conta no seu ativo cerca de 50 executantes, de ambos os sexos e faixas etárias diversas.

Tarcísio Martins, jornalista e agente cultural belo-valense.