Em uma decisão coletiva marcada por indignação e preocupação, pais e responsáveis optaram pela suspensão temporária das aulas na Escola Municipal Paraíso da Criança, no bairro Cachoeira, e Luiz Radamés, em Conselheiro Lafaiete. A reunião que culminou na medida aconteceu na sexta-feira, 11 de julho, e foi motivada por uma denúncia de possível abuso sexual contra uma criança dentro das dependências da escola. A medida, embora extrema, reflete o temor provocado pela gravidade da acusação, que está sendo investigada pela Polícia Civil.
Segundo relatos de pais presentes no encontro, há fragilidades estruturais que permitem o acesso de pessoas externas à escola. Um dos pontos mais criticados foi o uso da quadra por terceiros, inclusive durante o horário de funcionamento da instituição. Também foi relatada a prática comum de motoristas estacionarem veículos no interior do espaço escolar, aumentando a vulnerabilidade do ambiente.
Diante das denúncias e da pressão da comunidade, a Secretaria Municipal de Educação de Lafaiete se comprometeu a implementar uma série de ações imediatas. Entre elas, a instalação de câmeras de monitoramento, o fechamento da quadra para uso exclusivo da escola e a proibição de circulação e estacionamento de veículos não autorizados no local.
A suspensão das atividades deve durar o tempo necessário para que as intervenções sejam concluídas e que a confiança dos pais possa ser restaurada. Para muitos, mais do que uma medida preventiva, a paralisação é uma forma de exigir respeito e garantir o direito das crianças a um espaço escolar seguro.
Enquanto isso, a investigação segue em curso. A comunidade espera respostas rápidas e providências firmes — tanto no âmbito criminal quanto no administrativo — para que episódios como esse não se repitam. A dor da incerteza agora caminha junto da esperança por mudanças reais.