Lavínia Freitas de Oliveira e Souza estava internada em estado grave na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora desde 18 de junho, quando foi transferida do Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova. O pai contou que o caso aconteceu enquanto voltava com a filha de uma viagem entre Diogo de Vasconcelos e Viçosa, da casa dos avós. Segundo ele, o policial penal Márcio da Silveira Coelho começou a perseguir a família na estrada em um carro. “Passei por um veículo e acelerei, mas o automóvel começou a me perseguir em alta velocidade. Acelerei para tentar chegar a uma polícia mais próxima, e ele corria mais. Até que o motorista jogou o veículo na frente do meu, desceu e começou a atirar. Quando percebi, minha filha já estava com o olho virado e sangrando pela cabeça. Não acreditei no que estava acontecendo. Minha filha é tudo para mim”, disse. Marcelo explicou que seguiu direto para Viçosa e buscou atendimento médico para a filha, que chegou ao posto de saúde com dificuldade para respirar. A menina foi imobilizada, colocada no respirador e recebeu os primeiros cuidados antes de ser transferida para Ponte Nova e, depois, para Juiz de Fora.
A defesa do agente disse que ele realizou os disparos para afastar o veículo e proteger a família de um “possível ataque”, e que foi sem “qualquer intenção de atingir terceiros, muito menos uma criança”, conforme o advogado Rafael Abeilar. O policial segue preso na Casa de Custódia, na Grande BH.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a Corregedoria da Polícia Penal abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor. A Polícia Civil também investiga o ocorrido. O sepultamento de Lavínia será em Diogo de Vasconcelos, cidade natal da família. A data e o horário ainda não foram definidos.
