A família de Maria da Consolação Santos vive dias de angústia e espera. Internada no Hospital Bom Jesus, em Congonhas, desde o dia 22 de junho, dona Maria aguarda há semanas por uma transferência para realizar uma cirurgia urgente no braço e ombro, fraturados em quatro partes.
Segundo os familiares, tudo começou em 19 de junho, quando ela passou mal em casa com pressão e glicose altas. Encaminhada à UPA de Congonhas, sofreu uma convulsão e acabou caindo, sendo levada imediatamente para a sala vermelha. No dia seguinte, recebeu alta, mas reclamava de dores intensas e apresentava o braço muito inchado. A família pediu um exame de Raio X, mas foi informada pela médica de plantão que não havia necessidade.


No entanto, no domingo, 22 de junho, ao retornar à UPA, outro profissional solicitou o exame, que confirmou fraturas graves no ombro e no braço. A paciente foi, então, encaminhada ao Hospital Bom Jesus, onde foi avaliada por um ortopedista. O médico afirmou que o procedimento cirúrgico necessário não é realizado na unidade e que seria necessária a transferência para outro hospital, provavelmente em Barbacena ou Belo Horizonte.
Desde então, a família busca, sem sucesso, a transferência. Na semana passada, acionaram a Promotoria Pública e conseguiram uma liminar judicial que determina a transferência em até 24 horas. Apesar da decisão judicial, até o momento, dona Maria continua internada no Hospital Bom Jesus, sem previsão para o procedimento.
A situação revolta familiares e levanta questionamentos sobre a morosidade no sistema de regulação de vagas, especialmente em casos urgentes. Enquanto isso, dona Maria segue aguardando, com dores, e sem a assistência cirúrgica necessária para sua recuperação.