Para tornar seus carros mais competitivos, o Chevrolet Onix 2026 e o Chevrolet Tracker 2026 perdem potência. Medida visa baixar preço
Uma estratégia de mercado inusitada está chacoalhando a Chevrolet no Brasil. A medida visa, principalmente, baixar preço e adequá-los aos requisitos do programa “Carro Sustentável”, que oferece incentivos fiscais a veículos com menor consumo e emissões.
Essa mudança no motor mudou a potência e promete gerar debates entre desempenho e economia.
Chevrolet Onix e Tracker 2026 perdem potência: uma estratégia de preço
A notícia de que o Chevrolet Onix 2026 e o Chevrolet Tracker 2026 perdem potência para baixar preço pegou o mercado de surpresa.
Os dois modelos, líderes em seus respectivos segmentos, são peças-chave na estratégia de vendas da Chevrolet no Brasil. A decisão de reduzir a cavalaria de seus motores turbo reflete uma adaptação às novas realidades econômicas e regulatórias do país.
Anteriormente, o motor 1.0 turbo dos modelos Onix, Onix Plus e Tracker entregava 116 cv. Agora, essa potência foi ajustada para 106 cv quando abastecido com etanol, representando uma diminuição de 10 cv.
No caso do motor 1.2 turbo do Tracker, que antes gerava 133 cv, a nova calibração o leva para 122 cv com etanol, uma redução de 11 cv. Essa modificação, embora possa parecer pequena, tem um impacto direto na classificação fiscal do veículo e, consequentemente, no preço final para o consumidor.
O objetivo principal é enquadrar os veículos em faixas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais vantajosas, tornando-os mais acessíveis em um cenário de alta concorrência e poder de compra restrito.
Motor mudou a potência: para atender exigência do programa ‘carro sustentável’
A principal razão pela qual o motor mudou a potência é para atender exigência do programa ‘Carro Sustentável’. Essa nova política governamental busca incentivar a produção e venda de veículos mais eficientes, com menor consumo de combustível e emissões de poluentes reduzidas.
Carros que se encaixam nesses critérios recebem benefícios fiscais, o que permite às montadoras repassar essa economia para o preço final.
A redução na potência, neste caso, não significa necessariamente uma perda drástica de desempenho no uso diário para o consumidor médio. Muitas vezes, esses ajustes são feitos na calibração da central eletrônica do motor, otimizando a curva de torque e potência para priorizar a eficiência.
No entanto, para os motoristas que buscam o máximo de performance, a diferença pode ser perceptível.
O programa “Carro Sustentável” é uma iniciativa importante para o país, visando uma frota automotiva mais ecológica.
A adaptação de modelos populares como o Chevrolet Onix 2026 e o Chevrolet Tracker 2026 demonstra a disposição das montadoras em se alinhar a essas novas diretrizes ambientais, mesmo que isso implique em ajustes nos produtos consagrados.
Impacto no consumidor: preço mais baixo com menos cavalos
A estratégia de ter o Chevrolet Onix 2026 e o Chevrolet Tracker 2026 com motores que perdem potência para baixar preço levanta um debate interessante para o consumidor brasileiro.
Por um lado, a redução no valor final dos veículos pode impulsionar as vendas e tornar a compra de um carro zero-quilômetro mais viável para um número maior de pessoas. Em um mercado sensível a preços, qualquer diminuição no custo pode ser um diferencial competitivo.
Por outro lado, alguns consumidores podem questionar se a perda de potência impactará negativamente a experiência de condução, especialmente em situações como ultrapassagens em estradas ou em subidas íngremes.
A Chevrolet, no entanto, aposta que a eficiência e o custo-benefício gerados pela nova calibração serão mais valorizados pelo público-alvo desses veículos.
A decisão mostra como as regulamentações governamentais e a dinâmica de mercado podem influenciar diretamente as características dos veículos oferecidos.
O Chevrolet Onix 2026 e o Chevrolet Tracker 2026, mesmo com o motor mudou a potência para atender exigência do programa ‘Carro Sustentável’, continuarão sendo fortes concorrentes em seus segmentos, agora com um apelo ainda maior no preço.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS