Com doçura no olhar e firmeza nos sonhos, Maria Carolina encanta mais uma vez, agora na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte
Era manhã de sol em Belo Horizonte, mas quem brilhou mesmo foi ela: Maria Carolina da Costa, a atual Miss Brasil de Las Américas, de 12 anos. Com a mesma leveza de quem carrega flores no cabelo e esperança nos olhos, a jovem menina lafaietense cruzou os corredores da Cidade Administrativa como quem atravessa um palco, sem pressa, mas com presença.
Em um encontro marcado pela ternura e pelo propósito, Maria Carolina se reuniu nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. E mais do que uma agenda institucional, o que se viu foi uma troca genuína entre quem acredita na força dos sonhos e quem entende o poder da cultura como ponte entre pessoas, territórios e afetos.
Com voz suave e postura firme, a jovem falou sobre os projetos que tem desenhado para levar o nome de Conselheiro Lafaiete além das montanhas. Falou das crianças que quer inspirar, das mulheres que deseja representar, da cidade que pulsa em seu peito. Leônidas ouviu, atento, tocado, e reconheceu ali não apenas uma miss, mas uma jovem liderança que une beleza, consciência e propósito.

Filha de uma família que caminha junto, Maria Carolina é dessas que cativam pela simplicidade. Com uma timidez que aos poucos vem sendo vencida, ela deixa transparecer um amor profundo por sua cidade e uma vontade sincera de fazer diferença no mundo. E faz. Com cada gesto. Com cada fala. Com cada sorriso.
Representar o Brasil em concursos internacionais é parte do seu caminho, mas seu maior título talvez seja outro: o de embaixadora da doçura, da resistência e da beleza negra mineira. Um rosto jovem que carrega memórias antigas, um corpo que dança com a ancestralidade, uma alma que insiste em florescer, mesmo quando a estrada é íngreme.
Maria Carolina não está só. Por trás do salto alto, há pés firmes fincados na terra. Por trás da faixa e da coroa, há afeto, luta, disciplina e muita fé. E é assim, com o coração cheio de propósito, que ela segue abrindo portas, costurando pontes e espalhando o nome de Lafaiete por Minas, pelo Brasil e por que não? pelo mundo.
Hoje foi dia de reunião. Amanhã, talvez desfile. Mas todos os dias são de conquista. Porque quando uma menina negra de Lafaiete é ouvida no centro do poder mineiro, não é só ela que vence. Vencemos todos nós.