A Câmara de Congonhas realizou uma audiência pública, na quinta-feira (7), para discutir dois problemas recorrentes no município: o excesso de cabos inutilizados nos postes e as constantes quedas de energia elétrica. Durante a audiência, a Cemig atribuiu o emaranhado de fios à omissão das empresas de telecomunicação, que não removem cabos que estão em desuso, mas ressaltou tem notificado as operadoras para que regularizem a situação. Segundo a companhia, uma fiscalização realizada entre fevereiro e março deste ano resultou na remoção de 94kg de cabos e fios de telecomunicações de 851 postes na cidade.
A empresa também divulgou uma lista com as empresas de telecomunicações atualmente habilitadas a utilizar a infraestrutura dos postes. Segundo a CEMIG, operadoras que não constam nessa relação podem estar prestando serviços de forma clandestina, o que contribui para a desorganização e o acúmulo de cabos nos postes
Dados da Prefeitura, no início do ano, apontaram 54 pontos com fiação irregular na cidade, dos quais apenas seis foram regularizados até agora. Diante da lentidão, o vereador Averaldo Pica Pau (PL) sugeriu mudanças na legislação municipal para permitir a aplicação de multas à Cemig, como forma de pressionar por soluções mais rápidas.
A Cemig reconheceu que não consegue resolver o problema sozinha e apresentou um plano-piloto, já discutido com Procon, para realização de mutirões em pontos definidos pela Prefeitura, o que poderá gerar interrupções pontuais nos serviços e no trânsito. A empresa, no entanto, não estipulou uma data para o início das ações.
Sobre as quedas de energia, moradores relataram interrupções frequentes — em média a cada 15 dias, no horário entre 17h e 20h — que causam transtornos e prejuízos em vários bairros. A Cemig não soube apontar as causas do problema mas afirmou realizar inspeções anuais em toda rede urbana e rural se comprometeu a realizar reuniões regulares com a Prefeitura e a Câmara para tratar dos problemas bairro a bairro.
A empresa e os vereadores destacaram ainda a importância de que os moradores registrem formalmente, por meio de protocolos, todas as quedas de energia — mesmo quando o fornecimento é rapidamente restabelecido — para que os dados possam embasar ações técnicas e a atuação dos órgãos de fiscalização.
O líder do Governo na Câmara, vereador Koelhinho do PV também cobrou mais presença da população nas discussões e criticou a ausência de moradores em um tema que afeta diretamente o cotidiano da cidade.
Foto: Reinaldo Silva