Conselheiro Lafaiete enfrenta uma crise escancarada na limpeza urbana — e a paciência da população chegou ao limite. Nesta quarta-feira (13), às 19h, a Câmara Municipal realizará uma audiência pública para discutir o problema, convocada pelos vereadores Gina Costa e Erivelton Jayme. O encontro será um espaço direto de cobrança a autoridades e empresas que, até agora, não conseguiram impedir que a cidade afunde no lixo e no abandono.
O cenário é degradante: montes de resíduos acumulados, entulho espalhado por praças e calçadas, mato alto em ruas e terrenos, e uma coleta que falha de forma repetida. As reclamações se multiplicam nas redes sociais, chegam diariamente à imprensa e aos gabinetes, e deixam claro que há falhas graves de gestão, fiscalização e execução contratual.
A prefeitura trabalha com uma nova licitação no setor. Gina Costa, também jornalista, diz receber denúncias de moradores de todos os bairros. “O problema é crônico e precisa ser enfrentado com seriedade. É hora de ouvir a população e cobrar providências de quem tem obrigação de resolver”, afirmou. O presidente da Câmara, Erivelton Jayme, reforça: “Não podemos aceitar que um serviço essencial continue falhando. Lafaiete não pode ostentar a imagem de cidade suja para seus moradores e visitantes. É preciso ação imediata”.

Foram convocados para prestar esclarecimentos representantes da Procuradoria Municipal, Secretaria de Obras e Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Ministério Público, Defensoria Pública, FAMOCOL, ECOTRES e da Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis. Também estão na lista as empresas Mega Construtora e Localix Serviços Ambientais, alvos de críticas pela baixa qualidade do serviço prestado.
A crise não começou agora. Há anos, a terceirização da limpeza urbana é marcada por contratos milionários que, na prática, não garantem o serviço que a população paga. A ausência de fiscalização eficiente agravou o quadro, e a cidade hoje convive com bairros inteiros tomados pelo lixo e pela sensação de abandono.
A audiência será aberta ao público A expectativa é que, diante da pressão popular, os responsáveis sejam obrigados a apresentar não apenas explicações, mas um plano de ação imediato e efetivo para devolver à cidade a limpeza e a dignidade que ela merece. Limpeza é sinal de saúde.