Você se lembra da nota de R$ 10 de plástico, lançada pelo Banco Central em abril de 2000 para celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil? Ela tornou-se uma verdadeira preciosidade atualmente. Hoje, mesmo após 23 anos de seu lançamento, continua a despertar interesse pelo seu valor histórico e financeiro.
Anteriormente vista como uma inovação, essa cédula de polímero, única no país, tem chamado a atenção de colecionadores e investidores, sendo negociada por valores expressivos.
Inicialmente, 250 milhões de notas de R$ 10 foram produzidas entre 2000 e 2001 em uma tentativa do Banco Central de testar a eficácia do polímero em termos de durabilidade e segurança. Apesar de seus benefícios, o material enfrentou obstáculos e não foi adotado permanentemente.
Realizada em meio a dificuldades financeiras, a produção foi marcada por um rombo orçamentário de R$ 35 milhões, o que levou a Casa da Moeda a recorrer a empréstimos para viabilizar a impressão das notas.
Desafios e descontinuidade da nota de R$ 10 de plástico
A experiência com as notas de polímero veio acompanhada de desafios logísticos e de manuseio. Atualmente, apenas 3,5 milhões dessas cédulas permanecem em circulação, uma pequena fração das 627 milhões de cédulas de R$ 10 no mercado.
A promessa de durabilidade do polímero não se concretizou totalmente, especialmente em ambientes úmidos, o que levou à retirada gradual das notas pelo Banco Central.
O interesse crescente dos colecionadores elevou o valor dessas notas, que podem ser adquiridas por valores que variam de R$ 150 a cerca de R$ 5 mil, dependendo do estado de conservação.
A raridade e o design sofisticado, que inclui gravuras de importantes figuras e mapas históricos, contribuem para essa valorização.
Design e significado cultural
Desenvolvida por Tereza Regina Barja Fidalgo e Marise Ferreira da Silva, a cédula apresenta símbolos significativos do Brasil colonial e contemporâneo. Gravuras de Pedro Álvares Cabral e mapas estilizados destacam a diversidade do país.
Além disso, o projeto gráfico busca transmitir o legado histórico e cultural do Brasil.
Essa cédula especial representa não apenas um marco na história monetária brasileira, mas também um objeto de desejo para colecionadores. Sua trajetória ilustra a busca por inovação e os desafios enfrentados na implementação de novas tecnologias.
A nota de polímero permanece como um símbolo da comemoração dos 500 anos do Brasil, imortalizada na memória e nas coleções de muitos brasileiros.