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Queijo Minas Artesanal é oficializado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco

Título foi entregue nesta terça-feira (2/9) em cerimônia na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte

O Governo de Minas recebeu, nesta terça-feira (2/9), o certificado da Unesco que oficializa os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A entrega ocorreu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, durante encontro entre o governador Romeu Zema e a diretora da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

O reconhecimento internacional, concedido em dezembro de 2024, é inédito: pela primeira vez, um produto da cultura alimentar brasileira integra a Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.

“É o produto que melhor representa a nossa mineiridade e, agora, com este título internacional, vai trazer mais turistas para Minas e abrir novos mercados, beneficiando também os produtores, que são os grandes protagonistas desta conquista”, afirmou Zema.

Relevância cultural

Com o novo título, Minas Gerais soma seis bens reconhecidos pela Unesco, sendo o estado brasileiro com mais patrimônios mundiais. Já fazem parte da lista a cidade de Ouro Preto, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas), Diamantina, o Conjunto Moderno da Pampulha (todos patrimônios culturais) e o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (patrimônio natural).

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o reconhecimento reforça a importância histórica e simbólica do queijo para o povo mineiro. “Queijo é símbolo de mineiridade, simboliza a trajetória dos mineiros no seu território de ocupação e representa, sobremaneira, a identidade e as culturas dos nossos territórios”, destacou.

Caminho até o título

O processo de candidatura começou em setembro de 2022, durante o 4º Festival do Queijo Artesanal Mineiro. Desde então, o governo estadual, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e do Iepha-MG, articulou esforços em parceria com o Iphan, o Ministério da Cultura, entidades como Sebrae Minas e Emater-MG, além de associações de produtores.

A oficialização pela Unesco ocorreu em 4 de dezembro de 2024, durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Assunção, no Paraguai.

Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, o título é fruto de um esforço conjunto. “Esse reconhecimento, sem dúvida, coroa um trabalho que é feito desde 2022 dentro do sistema de agricultura do Estado em apoio ao produtor em relação à segurança alimentar, à pesquisa agropecuária e à assistência técnica do campo”, afirmou.

FONTE: O TEMPO

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