O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) divulgou, em setembro de 2025, um relatório temático sobre saúde mental que revela um aumento de 25% nas taxas de suicídio em Minas Gerais entre 2018 e 2023. O estudo faz parte da campanha Setembro Amarelo e analisa dados do DATASUS, além de mapear áreas de maior vulnerabilidade no estado.
Entre os pontos levantados, o documento mostra que Conselheiro Lafaiete integra microrregiões com clusters (aglomerados) de risco elevado de suicídio em diferentes faixas etárias.
👉 Para homens de 30 a 39 anos, Lafaiete aparece em um grande agrupamento regional que registrou risco 61% acima do esperado entre 2021 e 2023
👉 Já entre mulheres de 30 a 39 anos, a microrregião de Lafaiete também foi identificada com risco mais que o dobro da média estadual no mesmo período
👉 Além disso, para mulheres de 40 a 49 anos, houve um cluster significativo entre 2018 e 2019, que abrangeu Lafaiete, São João del-Rei, Divinópolis e outras cidades do Centro-Sul mineiro

Mais dados
O relatório destaca ainda que o estado registrou, em 2022, o maior número de mortes por suicídio da série histórica: 2.048 casos. Em 2023, houve uma leve redução, mas os índices permanecem altos.
O TCE-MG também analisou os investimentos municipais em saúde mental, que cresceram de R$ 48,5 milhões em 2018 para R$ 117 milhões em 2023. Mesmo assim, o órgão alerta que políticas públicas direcionadas e maior acesso a atendimento psicológico são urgentes, sobretudo em cidades como Conselheiro Lafaiete, inseridas em áreas de risco elevado.
Um relatório temático divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) em setembro de 2025 revela um cenário preocupante sobre a saúde mental no estado. Entre 2018 e 2023, a taxa de suicídios em Minas cresceu cerca de 25%, saltando de 7,37 para 9,23 casos a cada 100 mil habitantes.
O levantamento, elaborado a partir de dados do DATASUS, mostra que 2022 foi o ano mais crítico da série histórica, com 2.048 registros de óbito, número que pode ter sido influenciado pelos efeitos da pandemia da Covid-19, como desemprego, isolamento social e dificuldades de acesso a serviços de saúde mental.
O relatório também aponta que a taxa de suicídios entre homens é quase quatro vezes maior do que entre mulheres, e que jovens adultos de 20 a 39 anos estão entre os grupos de maior vulnerabilidade. Em algumas microrregiões, como Patos de Minas, São Lourenço e Campo Belo, os índices chegaram a superar 17 casos por 100 mil habitantes em 2023.
Além do diagnóstico, o TCE-MG analisou os investimentos municipais em saúde mental, que mais que dobraram no período: de R$ 48,5 milhões em 2018 para R$ 117 milhões em 2023. O órgão reforça que a conscientização, a ampliação da rede de apoio psicológico e a articulação entre saúde, educação e assistência social são fundamentais para enfrentar o problema.
A publicação integra a campanha Setembro Amarelo, dedicada à valorização da vida e à prevenção do suicídio.
Saiba como pedir ajuda
Diante de crises emocionais, sentimentos de desesperança ou solidão profunda, muitas pessoas se veem sem saber a quem recorrer. Uma das principais redes de apoio emocional do Brasil é o Centro de Valorização da Vida (CVV), uma instituição que oferece escuta acolhedora e sigilosa a quem precisa conversar.
O serviço é realizado por voluntários treinados que se dedicam a ouvir, sem julgamentos, críticas ou conselhos. O foco está em acolher e valorizar a vida, permitindo que a pessoa possa se expressar e encontrar alívio em meio à dor.
Serviço
CVV – Centro de Valorização da Vida
Telefone: 188 (ligação gratuita e sigilosa, 24h por dia)