A mineradora Carijós, pertencente ao grupo Atlântica Minas, está enfrentando forte resistência da comunidade para a implementação de uma nova rota de escoamento para seu Projeto Água Limpa, que será operado na zona rural de Itaverava, Santana dos Montes e Conselheiro Lafaiete. Inicialmente, a empresa tinha uma rota licenciada, mas optou por uma nova proposta que passaria pela estrada rural de São Vicente de Paula em direção à BR-040. A justificativa para a mudança foi a necessidade de preservar a histórica Fazenda Água Limpa e a Estação Ferroviária de Buarque de Macedo, que seriam danificadas pelo tráfego de caminhões pesados.
De acordo com o Plano de Controle Ambiental (PCA), o empreendimento terá vida útil estimada em 10 anos e não utilizará água nas operações, uma vez que todo o processo ocorrerá a seco. A área diretamente afetada ocupa cerca de 12 hectares, sendo 5 hectares destinados à pilha de estéril/rejeito.
O prefeito de Itaverava, Delei do Bananal, propôs uma solução alternativa, sugerindo que a mineradora utilize as vias de seu município, que já possuem infraestrutura adequada para veículos pesados.
Audiência
Em resposta ao impasse, uma vereadora Cida Toledo (PRD), de Conselheiro Lafaiete, solicitou a realização de uma audiência pública para discutir o tema. O objetivo é promover um diálogo transparente entre a mineradora, as prefeituras, o Ministério Público e os moradores para encontrar uma solução que minimize os impactos socioambientais da operação.
O Projeto Água Limpa prevê a extração de 550 mil toneladas de minério de ferro por ano e terá uma vida útil de 10 anos. O processo de beneficiamento será a seco, o que significa que não haverá barragens de rejeito.