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Descubra a ‘Cidade do Boi’: 1 morador divide espaço com 38 animais

Produção bilionária abastece o mercado interno e sustenta exportações estratégicas.

No coração do ParáSão Félix do Xingu consolidou a fama de “Cidade do Boi“, ao reunir 2,5 milhões de cabeças em um território de 84.212,9 km². A área supera a da Costa Rica e da Holanda, enquanto a população alcança 65.418 habitantes. Assim, a baixa densidade populacional favorece a expansão de pastagens.

Dados do IBGE e da Agência Brasil confirmam a liderança municipal no rebanho bovino. A proporção impressiona: 38 bois por morador, bem acima das estimativas da CNN Brasil e da Revista Piauí, que falavam em 18.

Além disso, o município fortalece o abastecimento interno e sustenta exportações estratégicas.

Retrato do território e da população

Com 84.212,9 km², São Félix do Xingu ultrapassa a Costa Rica (~51 mil km²) e a Holanda (~41 mil km²) em território. Esse porte territorial, aliado aos apenas 65.418 moradores (Censo 2022), cria espaço para sistemas extensivos.

infraestrutura rural se expande com logística integrada ao escoamento de gado. Essa ampla área por habitante reforça a vocação pecuária e sustenta o apelido de “Cidade do Boi”.

Enquanto a população cresce moderadamente, a capacidade de manejo de pastagens se diversifica. Desse modo, a administração local organiza cadeias de suprimentos que conectam fazendas, frigoríficos e mercados consumidores.

Peso econômico do rebanho

A pecuária injeta cerca de R$ 3 bilhões por ano na economia de São Félix do Xingu e responde por quase metade da atividade local. No estado, o Pará concentra aproximadamente 10,6% do rebanho nacional, ficando atrás apenas de Mato Grosso.

Nesse cenário, o município ocupa um espaço central na arrecadação e no emprego.

Conexões nacionais e internacionais

O Brasil contabilizou 234,4 milhões de cabeças em 2022, número 15,4% superior ao total de habitantes. No mesmo ano, a pecuária movimentou R$ 116,3 bilhões, avanço de 17,5% em relação a 2021, segundo o IBGE e a Agência Brasil.

Portanto, São Félix do Xingu representa cerca de 1,1% do rebanho do país e 10,2% do Pará.

Impacto social e ambiental

O volume de gado de São Félix do Xingu sustenta a segurança alimentar ao abastecer praças internas e dar fôlego às exportações. Além disso, a oferta regular de animais padronizados fortalece a competitividade.

Dessa forma, o município reforça a posição do Brasil como o maior exportador de carne bovina do mundo.

A cadeia do boi impulsiona a agroindústria, o transporte e o comércio, com efeitos diretos em receita e postos de trabalho. Contudo, o avanço da pecuária eleva debates sobre desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e conflitos fundiários.

Por isso, governos e produtores buscam arranjos produtivos que aliem rentabilidade e conservação.

Práticas e caminhos para a sustentabilidade

Medidas como a intensificação responsável, a recuperação de pastagens e a rastreabilidade ganham espaço nas discussões locais. Enquanto isso, incentivos à tecnologia e à gestão ampliam a eficiência.

Dessa forma, a “Cidade do Boi” pode reduzir impactos e manter competitividade, sem abrir mão da integridade ambiental da região amazônica.

FONTE: CAPITALIST

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