Um incêndio de grandes proporções devastou parte da Serra de São José, entre os municípios de Tiradentes e São João del-Rei, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o fogo destruiu cerca de 430 hectares de vegetação nativa, o equivalente a mais de 400 campos de futebol, representando quase 10% da área total da serra.
A maior parte do território afetado está dentro do Refúgio Estadual de Vidas Silvestres Libélulas da Serra de São José, uma unidade de proteção integral que abriga ecossistemas raros e espécies ameaçadas. O incêndio atingiu campos rupestres, matas ciliares e áreas de galeria que se mantinham preservadas, além de destruir completamente a infraestrutura de trilhas e pontos de visitação utilizados para turismo ecológico e pesquisa científica.
Tiradentes recebeu mais de R$ 1 milhão em 2024 através do ICMS Ecológico e Patrimônio Cultural, mas a Serra de São José continua sendo consumida por incêndios florestais ano após ano.
✔️ICMS Ecológico: R$ R$ 618.503,99
✔️ICMS Patrimônio Cultural: R$ R$ 443.255,93
💰Total: R$ 1.061.759,92 em 2024
📊Fonte: FJP
❓ A pergunta que não quer calar: onde está sendo investido o dinheiro destinado à proteção das nossas unidades de conservação?
A Serra de São José é parte da história, da identidade e do turismo de Tiradentes. Sua proteção não é apenas uma obrigação legal — é uma obrigação moral.
