O vereador Eduardo Matosinhos voltou a chamar atenção para a situação do Cemitério da Matriz, em Congonhas, ligado a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal nesta manhã (21). Segundo ele, o espaço apresenta graves problemas de organização, estrutura e manutenção, refletindo o abandono de um dos locais mais tradicionais e simbólicos da cidade. Em visita recente ao cemitério, o parlamentar relatou ter encontrado funcionários com grande dificuldade para identificar e localizar túmulos, além de jazigos abertos e deteriorados, alguns com ossos humanos à vista, o que ele classificou como um “quadro de desrespeito à memória dos falecidos e às famílias congonhenses”.
Matosinhos destacou também a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores que atuam na limpeza e nos sepultamentos, o que coloca em risco a segurança e a saúde dos trabalhadores. Para ele, é urgente que o município adote medidas concretas para reverter a situação.
“O que vi foi um cenário de abandono. Nossos antepassados merecem mais respeito. É preciso humanizar o cuidado com esses espaços e dar condições dignas a quem trabalha neles”, afirmou o vereador. Como solução, Matosinhos sugeriu a terceirização da gestão do Cemitério da Matriz e também dos cemitérios de Santa Quitéria, Joaquim Murtinho e Alto Maranhão. Segundo ele, a concessão dos serviços poderia garantir melhor organização, informatização dos registros, manutenção constante e atendimento de qualidade às famílias.
O vereador lembrou ainda que o Cemitério da Matriz é de propriedade da Igreja Católica, mas administrado pela Prefeitura, e defendeu uma revisão do modelo de gestão para evitar que a responsabilidade seja transferida sem condições adequadas de operação. “A terceirização pode trazer eficiência, transparência e dignidade. É uma alternativa viável para resolver um problema que se arrasta há anos”, concluiu Matosinhos.
