O vereador Edonias Clementino de Almeida (Galileu), da Câmara Municipal de Congonhas, apresentou requerimento apresentado nesta manhã (21) que busca o tombamento dos quatro chafarizes do distrito de Lobo Leite como patrimônio ambiental, histórico, cultural e hídrico do município. Os chafarizes, construídos no século passado, são considerados estruturas de importância essencial para o abastecimento de água e símbolos da história local. O Vereador Galileu destacou o valor prático e comunitário das estruturas: “Muitos moradores quando falta água buscam no chafariz a solução. É uma preciosidade para nossa comunidade”.
O objetivo da proposta é garantir a conservação, restauração e proteção das estruturas contra a descaracterização, visando “resguardar algo de relevante importância para as presentes e futuras gerações”.
Além dos chafarizes, o vereador também propôs o tombamento de uma centenária gameleira, um bem natural e cultural de grande estima pela comunidade de Lobo Leite, reforçando seu esforço na proteção do patrimônio do distrito. O Vereador também sugeriu os tombamentos das minas de água.

A história
Região importante do caminho velho da Estrada Real e local de grande exploração aurífera entre os séculos XVIII e XIX. Local também que foi escolhido em 1874 para receber os trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II (rebatizada para E. F. Central do Brasil) e sua estação, inaugurada em 1886, atendia o Distrito de Congonhas do Campo e o de Ouro Branco.
O distrito de Congonhas do Campo, denominado Lobo Leite, tem até classificação como um dos oito mais atraentes de Minas Gerais e da Estrada Real. A exploração do ouro fez história neste lugar. A localidade foi fundada pelo inconfidente Cônego Luiz Vieira, da tradicional família portuguesa Lobo Leite Pereira. Dois prédios coloniais que pertenceram à família foram construídos há dois séculos.
Um dos seus marcos é a Igreja Nossa Senhora da Soledade, que tem um grande significado histórico para a comunidade de Lobo Leite. Em julho de 2009, terminaram as obras de restauração da Igreja que duraram dois anos e meio. A Estação Ferroviária de Lobo Leite, inaugurada em 1886 e pertencente à Linha do Centro original da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, forneceu transporte ferroviário de passageiros à localidade durante o período em que esteve em atividade. A via férrea, que teve diferentes denominações ao longo de sua existência, foi operada pela RFFSA, sua administradora até a década de 90. A estação, no entanto, permanece preservada e a ferrovia continua em atividade para o transporte de cargas da MRS Logística.



